terça-feira, 22 de julho de 2014

PCdoB convoca militância para mobilização eleitoral

 



Em reunião nesta segunda-feira (21), a Comissão Política Nacional (CPN) do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), debateu e aprovou os rumos da campanha deste ano e convocou a militância comunista para a mobilização eleitoral. Abaixo, a Resolução Política aprovada:


Richard Silva
Convenção Nacional do PCdoB (27/06/2014)Convenção Nacional do PCdoB (27/06/2014)


Mobilizar o povo pela vitória de Dilma e das candidaturas do PCdoB
A menos de oitenta dias para as eleições de outubro, fica cada vez mais patente que o país terá uma acirrada disputa polarizada entre duas candidaturas e dois caminhos: ou o país avança em direção ao futuro com mais mudanças e conquistas com a reeleição da presidenta Dilma Rousseff; ou retrocede ao triste passado neoliberal dos anos 1990, com o candidato da direita, Aécio Neves, respaldado pela oligarquia financeira, pelos setores mais conservadores das classes dominantes e turbinado pela mídia monopolista.
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Aécio ensaia representar o papel de candidato de “duas caras”. Esconde seu programa neoliberal e tenta ludibriar parte do eleitorado ao dizer que manterá os programas sociais dos governos Lula e Dilma. Mas, progressivamente, a farsa do tucano vai se revelando. Diz que dará continuidade ao Programa Mais Médicos e, ao mesmo tempo, anuncia que romperá o acordo com Cuba que proporcionou a contratação da grande maioria dos médicos do programa; afirma que vai “devolver a Petrobras aos brasileiros”, mas reitera que acabará com o regime de partilha que assegura a soberania nacional na exploração da riqueza do pré-sal. Ele promete que respeitará os direitos dos trabalhadores, mas o principal formulador de sua política econômica, Armínio Fraga, tem feito repetidas declarações contra o aumento do salário mínimo e os direitos trabalhistas. Além do mais, para que não haja dúvidas de que seus fundamentos programáticos se originam do receituário neoliberal dos anos 1990, Aécio se vangloria ao apresentar Fernando Henrique Cardoso como inspirador e padrinho.
Em vez do debate de ideias, tucano falseia a realidade e dissemina o ódio
A tática da oposição de direita é substituir o debate de ideias pelo ataque sistemático à presidenta Dilma – ataque que falseia a realidade e alimenta o preconceito e mesmo o ódio contra a primeira mulher presidenta do país. O apoio que Aécio prestou aos insultos lançados contra a presidenta na partida de futebol na abertura da Copa não deixa dúvidas quanto a isto.

Esta tática tem o reforço da grande mídia que dissemina a todo tempo – com os artifícios da manipulação e da mentira – a imagem de um Brasil à beira do caos, uma situação que não encontra respaldo na realidade.

Todavia, tal conduta despreza a inteligência e a capacidade crítica do povo. Não há como negar ou apagar as grandes conquistas dos governos Lula e Dilma. O país retomou o caminho do desenvolvimento, promove – com a ampliação da democracia e reforço da soberania nacional – uma histórica redução das desigualdades sociais e assegura uma grande oferta de emprego.
Êxito da Copa e da reunião do Brics desmascara pregoeiros do fracasso
Uma a uma as profecias do caos que foram alardeadas pela oposição vão se desmoralizando por completo. Aécio Neves e a grande mídia fizeram soar as trombetas apregoando que o Brasil como país sede da Copa do Mundo de Futebol seria um grande fracasso. Para o desespero deles, a Copa foi vitoriosamente realizada, fato reconhecido pelo povo brasileiro, pela ampla maioria de um milhão de turistas estrangeiros e, ao final, pela própria mídia local e internacional.

Mesmo assim, demagogicamente, as oposições atribuíram o êxito ao povo, à sua simpatia e hospitalidade, e separaram, de modo ridículo, essa conhecida virtude dos brasileiros da capacidade de gestão e de realização do governo brasileiro e do setor privado. O PCdoB, tendo o deputado federal Aldo Rebelo à frente do Ministério do Esporte, tem a satisfação de afirmar que o povo e o governo venceram os derrotistas, aqueles regidos pelo espírito de vira-latas, que não acreditavam na capacidade do Brasil de realizar exitosamente esse que é o maior evento esportivo do mundo.

Imediatamente após sediar a Copa, ocorreu outro fato para desmascarar essa falácia e que o Brasil seria uma terra arrasada. Nosso país sediou a 6ª Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) – que, ao final, deu importantes passos para se efetivar como uma importante união de cinco grandes países por uma nova ordem mundial. Além disso, a presidenta Dilma Rousseff, demonstrando o respeito internacional que adquiriu, foi anfitriã de uma reunião de dezesseis chefes de Estado, constituída por presidentes da América Latina e do Brics. Sempre atenta à pauta dos trabalhadores, ela, também, se encontrou com a centrais sindicais dos países do Brics e se comprometeu a encaminhar as reivindicações dessas entidades para exame da Cúpula. Posteriormente, liderou um encontro entre Brasil, China e o quarteto da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Os pregoeiros do caos também anteviram o apagão elétrico e a decadência da Petrobras. 
Não houve e nem haverá apagão de energia no país. Já no estado de São Paulo – governado há mais de vinte anos pelos tucanos –, a capital e outras cidades vivem o real temor do apagão do abastecimento de água. Quanto à Petrobras, a estatal depois de reforçada pelo leilão de Libra, pela destinação de exploração exclusiva de outra importante região do pré-sal – tudo isto graças a um regime de partilha –, é recomendada por agências internacionais como empresa que merece investimento prioritário na América Latina.

Agora, os tucanos e a grande mídia agouram que uma tragédia está por vir na atividade econômica do país. O fato é que a presidenta Dilma tem defendido com eficácia a economia nacional, sem penalizar os trabalhadores com os efeitos negativos da grande crise capitalista que assola o mundo. O país tem vencido as “tempestades” reais e fabricadas, e o “descontrole inflacionário” tão alardeado por eles não se deu. O que há é a firme determinação do governo de vencer as adversidades da crise mundial e de superar os obstáculos internos para que o crescimento econômico se eleve de modo robusto e continuado.
Ideias e propostas do PCdoB ao Programa de Dilma
Ao consagrar em sua Convenção Nacional o apoio à reeleição de Dilma Rousseff, o PCdoB proclamou sua confiança de que a presidenta é uma liderança capaz de renovar a esperança e conduzir o Brasil a uma nova etapa de desenvolvimento. O Partido ofereceu à sua candidata um conjunto de ideias e propostas ao seu programa de governo. Entre elas, se destacam a democratização e a modernização do Estado brasileiro, com a realização urgente da reforma política democrática, da regulação dos meios de comunicação e da reforma do Judiciário. Neste elenco de reformas estruturais, também se realça a reforma urbana em resposta à crise das cidades, e ainda a diretriz para se universalizar direitos básicos como saúde e educação.

O Partido posiciona-se favorável ao aumento dos investimentos, à elevação da produtividade, e defende que se redesenhe por completo a política macroeconômica com o objetivo de acelerar o crescimento econômico e se promova a modernização do parque industrial brasileiro. O aumento da produção de bens e riqueza é condição indispensável para uma política ainda mais arrojada de valorização do trabalho e redução das desigualdades sociais e regionais. Os comunistas destacam, ainda, a importância da luta progressiva por uma sociedade solidária, sem discriminações nem preconceitos. E nas áreas de Energia e Esporte, onde exerceu e exerce responsabilidades de governo, os comunistas ressaltam um elenco de propostas sustentando estes setores como alavancas do desenvolvimento nacional.
Todo empenho pelo êxito do projeto eleitoral do PCdoB
O PCdoB realizou com sucesso suas convenções eleitorais. Está entusiasticamente unificado, em todo o Brasil, com a campanha de Dilma Rousseff. Pelas coligações pactuadas e candidaturas lançadas se apresenta a real possibilidade de o Partido ampliar sua força político-eleitoral. Assim, foi construído um projeto eleitoral que a um só tempo desafia e estimula a militância comunista. O PCdoB poderá eleger 20 deputados federais; aumentar sua representação no Senado Federal; e praticamente dobrar sua presença nas Assembleias Legislativas, com a conquista de cerca de 40 cadeiras. Ao todo, são 80 candidaturas a deputado federal e 762 a deputado estadual, com chapas próprias ou amplas em 15 Estados.

Além disso, pela primeira vez na sua história, o PCdoB tem grandes chances de eleger seu primeiro governador de estado, com Flávio Dino no Maranhão. Nesta esfera do Executivo, o Partido participa, também, com candidaturas a vice-governador em São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte.

O avanço das mudanças – para além de uma necessária coalizão ampla –, conforme o Partido tem assinalado, exige o protagonismo de uma esquerda forte e dos movimentos sociais. E para que tenhamos uma esquerda forte no Brasil é indispensável, nestas eleições, a vitória do projeto eleitoral dos comunistas que será construída em sinergia com a grande mobilização nacional pela vitória de Dilma e dos nossos aliados das 27 unidades da Federação.

É hora de as direções do Partido, em todas as suas instâncias, tomarem nas mãos a tarefa de mobilizar e engajar o coletivo militante, os filiados, os apoiadores, os amigos nesta grande jornada pela vitória de nossas candidaturas. Não há questão mais importante, nem tempo a perder. O entusiasmo e a combatividade da militância fazem a diferença nesse momento. Uma campanha aguerrida, combativa, alegre, rica de ideias, tem energia para agregar setores do povo aos comitês de apoio às candidaturas e assim construir uma corrente forte de sustentação capaz de levar nossa mensagem à grande massa popular.

Não podemos nos curvar a nenhuma adversidade, sobretudo ao desafio de prover nossas campanhas dos recursos materiais e financeiros, questão que deve ser enfrentada politicamente por todos a partir das direções e dos candidatos.

Vamos à luta! Sempre apoiados na força do povo, vamos construir, lance a lance, a vitória das candidaturas comunistas, a vitória de Dilma Rousseff e do conjunto de nossos aliados!

São Paulo, 21 de julho de 2014
A Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil- PCdoB"

Da redação do Vermelho

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