segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Dilma afirma que não agirá “com base em especulações” da Veja

Brasil

7 de setembro de 2014 - 16h13 

 


 A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, afirmou que vai aguardar as informações oficiais para tomar “todas as providências cabíveis” e que não vai tomar nenhum tipo de decisão “com base em especulações”, referindo a publicação da revista Veja sobre os ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e supostos pagamentos de propinas a políticos em contratos da empresa.



Dilma enfatizou que vai aguardar as informações oficiais para tomar 'as providências cabíveis'Dilma enfatizou que vai aguardar as informações oficiais para tomar 'as providências cabíveis'
“Precisamos de dados oficiais a respeito dessa questão. A própria revista que anuncia esse fato diz que o processo está criptografado, guardado dentro de um cofre e que irá para o Supremo. Eu gostaria de saber direitinho quais são as informações prestadas nessas condições e asseguro que tomarei todas as providências cabíveis, mas não com base em especulações”, enfatizou a presidente, ao ser questionada por um jornalista, antes de participar de um encontro com mulheres, em São Paulo, neste sábado (6).

Neste domingo (7), em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, a presidenta foi indagada a falar novamente sobre o assunto e reafirmou que vai “agir imediatamente” sobre o caso somente quando receber as informações oficiais.

“Quando tiver os dados eu tomarei todas as providências cabíveis. Tomarei todas as medidas, inclusive se tiver de tomar medidas mais fortes”, declarou Dilma. E enfatizou: “Quando algum dos órgãos que investigam me der uma informação oficial, eu tomarei a providência cabível, vocês podem ter certeza, imediatamente”.

Dilma ressaltou que, como presidenta , não pode agir apenas com base no que diz a matéria da Veja. “Eu gostaria muito de ter acesso a essas informações de forma oficial. Que entregassem para mim os dados. Dos dados que digam respeito ou que tenham alguma interferência com o meu governo”, afirmou Dilma.

A revista Veja, que é recorrente na pratica de ilações em forma de denúncia, diz que o ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato, citou em depoimento à Polícia Federal nomes de parlamentares, ministros e ex-governadores que teriam recebido propina em negócios da petrolífera com outras empresas. O ex-diretor está preso sob a acusação de participar de um esquema de lavagem de dinheiro coordenado pelo doleiro Alberto Youssef.

Boataria

O ministro da Secretaria-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, classificou como “boataria” as afirmações da Veja que, segundo ele, têm caráter eleitoreiro.

“Não posso tomar como denúncia contra a base aliada uma boataria de um vazamento sobre um procedimento que não sei qual é. Só vamos falar depois que houver o inteiro teor das denúncias”, disse o ministro neste domingo (7), ao final do desfile de 7 de Setembro. “Estão tentando usar a notícia de delação premiada para, no desespero, mudar o rumo da campanha. O vazamento é sempre condenável”, completou.

Carvalho compartilhou da posição da presidenta afirmando que só após a confirmação das denúncias o governo fará a apuração do caso. “As apurações serão feitas como sempre ocorreram”, afirmou.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, lembrou que o inquérito corre em sigilo, mas que as apurações estão sendo feitas. “É importante que se faça a investigação e se esclareça. O inquérito corre em sigilo, portanto não se pode fazer nenhuma valoração a respeito. A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público, está fazendo as apurações dentro daquilo que a lei determina”, disse.

Falcão rebate Aécio

O presidente do PT, Rui Falcão, rebateu as declarações do presidenciável do PSDB, Aécio Neves, que tenta associar o caso a Ação Penal 470.

“O candidato Aécio, até pelo sobrenome que carrega, deveria pelo menos manter a dignidade enquanto caminha para a irrelevância“, disse Falcão em nota divulgada à imprensa neste sábado (6), ressaltando que a equipe jurídica do partido avalia o caso para tomar as medidas cabíveis.

Da redação do Portal Vermelho
Com informações de agências

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