sábado, 6 de setembro de 2014

PARA QUE DEVE SERVIR O NOSSO VOTO NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES?




Por Dedé Rodrigues


 

Frequentemente a gente ouve frases ditas por pessoas comuns e também por falsas lideranças políticas, viciadas e corrompidas que negociam o voto como se fosse uma mera mercadoria. "Todo político é igual", "só voto em deputado se me der dinheiro" etc. Estas pessoas são parte de um sistema eleitoral corrompido financiado pela iniciativa privada no regime capitalista. O empresário empresta o dinheiro nas eleições ao político corrompido, que compra e corrompe o eleitor, reforçando todo um esquema prejudicial a nossa democracia. Depois o empresário recebe este dinheiro com juros e correções monetárias decorrente do superfaturamento de obras e desvios de verbas públicas causando um prejuízo terrível a toda população e ao desenvolvimento do município, do Estado e do país. Quem paga o pato? Todos nós. Qual é a solução? Começa com a reforma política proposta por Dilma.




Parte da solução está numa reforma política democrática que é batizada hoje como a mãe de todas as outras reformas necessárias como: a tributária, a da mídia, a agrária, a educacional, a da saúde, a urbana etc. Por isso torna-se urgente uma tomada de consciência do eleitor para no dia 05 de outubro votar do deputado estadual ao presidente ou presidenta da República que estejam comprometidos de fato com esta reforma que será encaminhada como projeto de iniciativa popular ao congresso nacional e que está em plena campanha de coleta de assinaturas hoje no Brasil. É necessário, portanto entender como evoluiu e está evoluindo esta luta democrática no mundo atual. Que tipo democracia temos e que tipo democracia a gente quer para o Brasil?  O seu voto é a sua grande arma para concretizar isto.   
  

Para entender historicamente este processo vamos voltar no tempo para o absolutismo, cujo regime, era uma organização política na qual o soberano ou o Rei concentrava todos os poderes do Estado em suas mãos. Com a evolução política, só  votavam os que possuíam muita renda, o povo continuava de fora. Observem que desde aquela época a elite, ao contrário do povo que vende o voto, sempre soube valorizar o direito de votar.


 Com o tempo os trabalhadores e a própria burguesia começaram a se organizarem em sindicatos e partidos políticos para fazer frente aos seus interesses e a exploração capitalista e descobriram também a importância da política, dos partidos políticos e do voto.   Mesmo assim, com interesses diferentes, camponeses e burgueses se aliaram contra o Rei e criaram o Estado Liberal, ou o Liberalismo, no século XVIII, por meio de revoluções como a inglesa, a francesa e a norte americana. A ideia de que o indivíduo possui direitos naturais e inalienáveis, tais como o direito a se expressar publicamente, o direito à liberdade religiosa e o direito natural, à propriedade e aos bens materiais contribuíram decisivamente para a concretização destas revoluções.  O problema é que na prática o liberalismo, dar suporte ao capitalismo e deixou a igualdade social da Revolução Francesa só no papel e valorizou o mercado em detrimento do Estado. Neste sistema a liberdade e a igualdade são conquistas especialmente para os ricos. 


As insuficiências da democracia liberal levou os trabalhadores a construírem outro tipo de democracia, a  democracia  Socialista, na qual espera-se que num estágio avançado na construção do comunismo,  os meios de produção sejam  de propriedade da sociedade e gerenciados pelo Estado. Cada pessoa receberia de acordo com a sua capacidade e a sua necessidade. No Estado Socialista, onde existe hoje, em Cuba, China, Vietnã etc. Tem uma democracia diferente da nossa, nela o povo trabalhador, o proletariado é quem manda e a burguesia, ou seja, os ricos não mandam como aqui. Nesta democracia, também o voto e a participação de todos na vida política da sociedade são de fundamental importância. Nas eleições o trabalhador não é tratado como uma mercadoria e os candidatos não compram votos como aqui. Lá se vota pela história, pelos projetos e pelo esforço do candidato em ajudar ao coletivo. No Brasil precisamos também votar por estes motivos.  

Nas próximas eleições, mesmo ainda vivendo no capitalismo no Brasil,  nós só temos duas opções: votar em quem aprofunde as mudanças políticas, econômicas e democráticas que já estão ocorrendo, com uma presença maior do Estado na economia, ou votar em quem faça o contrário, torne o Banco Central independente, fazendo o Brasil regredir ao estágio neoliberal de 2002, no qual, os banqueiros e os capitalistas da especulação financeira eram quem mais ganhavam com a política de juros altos do Governo com a desculpa de combater a inflação. O nosso voto consciente é quem vai decidir esta parada. Portanto, faça como eu, não venda o seu voto por dinheiro nenhum. Vote: Dilma, Paulo Câmara, Fernando, Luciana e Marcelino.

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