sábado, 1 de novembro de 2014

Mujica critica oposição uruguaia por odiar os pobres


O presidente uruguaio, José Mujica, denunciou nesta sexta-feira (31) que a oposição política mostra sua intolerância intelectual e não aceita que os que vêm "de abaixo" governem.


Ao comentar o primeiro turno eleitoral do domingo passado, o presidente disse: "odeiam-nos no fundo porque somos da parte de baixo. Não podem aceitar que governemos".

Explicou que, "sem que se deem conta, têm essa terrível adversidade e quase intolerância intelectual de que estejamos governando".

Em seu espaço semanal na Rádio M24, lamentou que, "com o corpo quente do desvínculo eleitoral, já tenha começado a sordidez daqueles que nos odeiam e que também têm a direção dos grandes meios de comunicação".

Criticou nesse sentido os que começam a semear afastamento entre diferentes setores da governante Frente Ampla (FA) ou entre ele e o provável futuro presidente, Tabaré Vázquez.

Vázquez, que foi presidente de 2005 a 2010, conseguiu quase 48% dos votos, segundo a apuração preliminar da Corte Eleitoral, mas deve enfrentar no dia 30 de novembro Luis Lacalle Pou, do opositor Partido Nacional (PN).

O PN, que obteve 30,9%, conta com seu aliado, o Partido Colorado, que atingiu 12,9%.

Mujica disse que entende que a oposição seja fiel a seus interesses e, sobretudo, a suas visões de classe que não pode evitar.

Disse que, "até ontem, manipulando pesquisas, diziam que nós caíamos aos pedaços, que era inevitável o desmoronamento. Hoje, quase com amargura, queixam-se do povo e falam de fenômenos coletivos estranhos e difíceis de explicar".

Por outro lado, Mujica explicou que, no que resta de seu mandato, que termina no dia primeiro de março do 2015, deve tomar decisões importantes de caráter internacional que não podem esperar.

Afirmou que é importante trocar ideias e informações e conhecer os pareceres daqueles que assumirem no dia primeiro de março, por isso anunciou que sua administração colaborará com as autoridades eleitas, independentemente de sua cor partidária.

Fonte: Prensa Latina
José Mujica

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