quarta-feira, 1 de abril de 2015

Em entrevista, Dilma reafirma compromisso com retomada do crescimento


A presidenta Dilma Rousseff, em entrevista à agência de notícias Bloomberg, nesta terça-feira (31), reafirmou seu compromisso de retomar o crescimento ao dizer que o governo vai garantir o cumprimento das metas fiscais deste ano.


Agência Brasil
A agência de notícias Bloomberg divulgou trechos da entrevista com a presidenta Dilma Rousseff
A agência de notícias Bloomberg divulgou trechos da entrevista com a presidenta Dilma Rousseff

“Nós faremos um grande corte [no orçamento deste ano]. Farei de tudo para cumprir a meta”, afirmou a presidenta, segundo a agência de notícias que divulgou apenas trechos da entrevista.

Dilma destacou que, com a aprovação do Orçamento, o governo dará início a implantação dos ajustes. “Agora é a nossa vez. O orçamento foi aprovado há duas ou três semanas e está chegando agora para nós. A partir daí, vamos implantar o ajuste nos nossos gastos. Vamos conter nossos gastos”.

Aprovação do Orçamento

A presidenta explicou que esses ajustes serão baseados em critérios de decisão política. “Vamos criar vários mecanismos. Diria que essa é a parte em que o governo entra, e o nosso pedaço vai ser grande. Vamos fazer um grande corte. Um grande contingenciamento. Acreditamos em um processo acelerado de recuperação, que vai por etapas, mas acreditamos que, devido a esses fundamentos, já teremos no próximo ano sinalização de crescimento”, enfatizou.

O governo fixou uma meta de superavit primário para o setor público (governo, estados, municípios e empresas estatais) de 1,2% do PIB para este ano e de pelo menos 2% do PIB para 2016 e 2017.

De acordo com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a meta de 1,2% do PIB equivale a uma economia de R$ 66,3 bilhões para o setor público, sendo que deste montante, R$ 55,3 bilhões correspondem à meta para o governo e R$ 11 bilhões são uma estimativa para estados e municípios.

Entre as medidas anunciadas estão as mudanças na concessão de benefícios previdenciários e trabalhistas, como auxílio-doença, seguro-desemprego, abono salarial e pensão por morte. Essas medidas estão em debate no Congresso Nacional e tem a reprovação das centrais sindicais.

O governo também reduziu a desoneração da folha de pagamento e pôs fim a redução do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado), entre outras medidas.

Dilma afirmou à Bloomberg que os cortes de gastos, como o adiamento de algumas despesas e a redução dos custos administrativos, serão responsáveis por uma grande parte dos ajustes necessários para reduzir o déficit orçamentário.

Do Portal Vermelho, com informações de agências

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