quinta-feira, 7 de maio de 2015

Aprovada primeira MP do ajuste fiscal por 252 votos contra 227


A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (6), o texto base da medida provisória 665/14, que muda as regras de concessão do seguro-desemprego, do abono salarial e do seguro-defeso para o pescador profissional, medidas que fazem parte do ajuste fiscal proposto pelo Governo. Depois da aprovação do texto base, dois destaques da oposição foram derrotados. Demais pontos do ajuste fiscal bem como outros destaques aos 665 voltam à pauta nesta quinta-feira.


Agência Câmara
 
 

A proposta era considerada fundamental para a governabilidade da presidenta Dilma e por conta disso a oposição foi virulenta e proporcionou um show de demagogia. Veteranos inimigos dos trabalhadores, do DEM e do PSDB se revezavam na tribuna em apaixonados discursos em “favor” dos trabalhadores. Notórios defensores dos empresários enchiam a boca para falar em “direitos retirados” e até parlamentares ligados ao mercado financeiro de repente se mostraram preocupados com “os mais humildes”. Nas galerias, pessoas ligadas à Força Sindical, a mesma central que traiu os trabalhadores e apoiou o que pode ser o maior retrocesso nos direitos trabalhistas dos últimos 70 anos, a terceirização, apupou os parlamentares que declaravam apoio ao governo.

PCdoB: Confiança no Governo Dilma

A líder do PCdoB, Jandira Feghali, ao encaminhar a votação favorável em nome da bancada comunista, destacou que o Partido tem compromisso com o projeto mudancista iniciado pelo governo Lula em 2003. Destacou ainda que o parlamento fez modificações que melhoraram o texto original da MP. Jandira lembrou que não se deve julgar o governo Dilma por seu início, e reiterou sua confiança em que ao final Dilma terá feito um governo que traga ganhos reais aos trabalhadores. Jandira também anunciou que acionará na justiça o deputado pelo Distrito Federal, Alberto Fraga, por apologia à violência de gênero.

“Mulher tem que apanhar como homem”

O discurso de ódio da oposição tomou conta do plenário e chegou ao ápice quando o conhecido trânsfuga Roberto Freire, transtornado, deu dois tapas nas costas do deputado Orlando Silva (PCdoB-RJ) que usava da palavra. A líder da bancada dos comunistas, Jandira Feghali, intercedeu e teve seu braço puxado com força pelo parlamentar do PPS. Indignados, vários parlamentares protestaram. Mas Rubens Fraga, que é delegado e conhecido membro da bancada da bala, defendeu Freire e disse que “mulher que briga como homem tem que apanhar como homem”. Portando-se como um moleque de rua, Fraga chamou ainda para “resolver lá fora” quem o criticou pela frase. Ao final, Roberto Freira se desculpou. Da tribuna Jandira aceitou as desculpas e além de anunciar que buscará a justiça contra Fraga, lembrou ao parlamentar do DEM que o PCdoB foi o Partido da Guerrilha do Araguaia, e não iria se intimidar com as ameaças de um delegado.


Nenhum comentário:

Postar um comentário