Aos 62 anos, dona Fátima Carvalho emocionou técnicos do Programa de Fiscalização Preventiva Integrada no Sertão do Pajeú
“Não vão embora, fiquem mais tempo”. O depoimento emocionado de uma senhora de 62 anos, que desde os 13 trabalha em açougue no Sertão de Pernambuco, emocionou técnicos envolvidos com o Programa de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI-PE). Ainda mais porque, chegando a chorar ao abraçar integrantes da Equipe Abate – que fiscaliza produtos de origem animal – a senhora, Fátima Carvalho, está à frente de um boxe do Açougue Público de Tabira, equipamento este que logo na primeira semana das ações iniciais da FPI em Pernambuco, na quinta-feira da semana passada (2), foi interditado por apresentar uma desordem geral, tanto na estrutura como nas formas de comercialização, com falta de higiene e manipulação inadequada dos produtos. “Eu tiro o chapéu para vocês, para toda a equipe (da FPI). Posso dizer que aprendi a trabalhar agora”, disse.
O depoimento de dona Fátima Carvalho, direcionado aos integrantes da Equipe Abate e à médica veterinária Fernanda Layanny, da Vigilância Sanitária de Tabira, foi dado nesta terça-feira (7), quando o grupo retornou ao equipamento público para verificar o andamento das providências recomendadas para que o mesmo volte a funcionar em condições apropriadas. Não só a fala da senhora deixou todos emocionados. A cena vista, com os trabalhadores do local motivados, vestidos de forma correta, com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) – luvas, vestimentas, botas – e empenhadíssimos na higienização do local também animou os agentes ambientais.
Nesta quarta (8), ao conversar mais uma vez com integrantes da FPI, dona Fátima disse que, no início da ação, quando o açougue foi interditado e inclusive teve carne em condições impróprias para o consumo recolhida, chegou a ficar chateada, com estresse e irritada porque achava que as coisas seriam para pior. “Hoje eu quero parabenizar toda a equipe, o pessoal daqui, da Vigilância Sanitária, que já vinha nos alertando, e a quem veio de fora. Tiro o chapéu para todos”, repetiu, ressaltando, inclusive, que “já vendi tudo”. Com higienização e condições adequadas, assegurou dona Fátima, as vendas certamente vão melhorar e não haverá mais riscos à saúde dos clientes e dos próprios comerciantes.
O acordo articulado para o retorno do equipamento, que antes contava até com um abatedouro ilegal (locais de abate devem ficar fora do perímetro urbano dos municípios), prevê melhorias por etapa. De início, limpeza geral, não expor carnes de forma errada, como havia sido constatado, higienização completa dos boxes e da área e renovação de equipamentos como freezers, que estavam aos pedaços. Isso já avançou, com a motivação dos próprios trabalhadores. O açougue já providenciou inclusive tábuas de polipropileno, quando na semana passada as carnes eram cortadas em tábuas sujas, quando não no próprio azulejo dos boxes. “Foram acordados prazos diferentes para cada melhoria”, explicou a médica veterinária Fernanda Lavanny. A climatização é uma delas, já discutida. Quando chegar, certamente dona Fernanda e todos os que trabalham no local, além dos consumidores, terão mais motivos ainda para parabenizar a chegada da FPI a Pernambuco.
Divulgação: FPI-PE
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