Autor do best-seller "Getúlio", o jornalista Juremir Machado da Silva apresenta sua nova obra: "1964 – Golpe Midiático-Civil-Militar"; escritor afirma que o golpe não teria ocorrido sem os meios de comunicação. "Todas as rádios, jornais como a Folha, O Globo, Tribuna da Imprensa, Estado de Minas e Diários Associados, e a (incipiente) TV contribuíram ativa e apaixonadamente para o golpe", diz Machado, em entrevista ao blog Café na Política
Autor do best-seller Getúlio, o escritor e jornalista Juremir Machado da Silva vem à tona com mais um "livro-bomba": 1964 – Golpe Midiático-Civil-Militar. Ao blog Café na Política, o escritor afirma que o golpe não teria ocorrido sem os meios de comunicação.
"Todas rádios, jornais como a Folha, O Globo, Tribuna da Imprensa, Estado de Minas e Diários Associados, e a (incipiente) TV contribuíram ativa e apaixonadamente para o golpe", diz Machado, que também é autor de Vozes de Legalidade, Jango – A vida e a morte no exílio.
Confira, na íntegra, a matéria do blog e, em seguida, a entrevista:
O escritor e jornalista Juremir Machado da Silva, autor do best-seller Getúlio, está na praça com outro livro:1964 – Golpe Midiático-Civil-Militar.
Nesta entrevista, pelo Skype, entre Brasília e Porto Alegre, a FC Leite Filho, do blog Café na Política, ele diz que, sem os meios de comunicação, não teria havido o Golpe Militar daquele ano e que hoje é revivido em várias manifestações no país pela passagem de seu 50 anos, juntamente com os 60 do suicídio de Getúlio Vargas, e os 10 da morte de Leonel Brizola.
O escritor gaúcho, também autor de Vozes de Legalidade, Jango – A vida e a morte no exílio, relata que, em 64, “todas rádios, jornais como a Folha, O Globo, Tribuna da Imprensa, Estado de Minas e Diários Associados,e a (incipiente) TV contribuíram ativa e apaixonadamente para o golpe”.
O papel civl do Golpe, foi protagonizado, como diz, pelos empresários e governadores como Magalhães Pinto, Carlos Lacerda, Adhemar de Barros e Ildo Meneghetti.
O autor ainda faz questão de assinalar o processo conspiratório midiático, que, no seu entender, não se restringiu aos patrões ou empresas donas dos veículos, mas inclusive de ” jornalistas, que ainda estão por aí”.
Citou a propósito dois editoriais do antigo jornal Correio da Manhã, intitulados “Basta!” e “Fora!” como decisivos na desqualificação do presidente constitucional João Goulart. Por esta razão, Juremir Machado da Silva, afirma que o 1964 não foi um golpe só militar, mas, midiático-civil-militar”, como expressa seu título de capa.
Abordando a evolução dos levantamentos militares para golpes brandos e de quarta geração, que vem abalando governos populares como os da Argentina e da Venezuela, de certa forma dispensando a atuação dos quartís, Juremir alerta que “a mídia continua golpista e atuando em associação com parceiros de outros países, na sua perspectiva de combater os regimes de centro-esquerda”.
Ressalta, porém, que agora, com o advento da internet e as mídias alternativas, além da Lei da Mídia argentina, as sociedades começam a ter pluralidade e a ver o contraditório.
Fonte: Brasil 247