sexta-feira, 23 de maio de 2014

"A América Latina não vai mais aceitar o neocolonialismo", diz Correa

 



O presidente do Equador, Rafael Correa, disse nesta quinta-feira (22) que a política exterior do governo dos Estados Unidos “é terrível, sobretudo em relação à América Latina” e possui como característica fundamental uma “falsa moral intolerável”.



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Para o presidente do Equador, Rafael Correa, a política exterior do governo dos Estados Unidos “é terrível, sobretudo em relação à América Latina”.Para o presidente do Equador, Rafael Correa, a política exterior do governo dos Estados Unidos “é terrível, sobretudo em relação à América Latina”.
Em uma entrevista aoRussia Today, o mandatário equatoriano reafirmou que tem muita estima pelo povo norte-americano: “Admiro-os como nação, como cultura, o pragmatismo, a simplicidade, mas também temos que denunciar os seus erros”.

Correa afirmou que “a política estrangeira norte-americana é terrível, sobretudo no que diz respeito à América Latina”. Como vem fazendo há algum tempo, criticou o fato de a sede da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) ser em Washington e lembrou que os Estados Unidos não ratificaram o Pacto de San José que rege o organismo. “A CIDH é financiada por Washington, que paga para controlar o resto das nações do continente desde o ponto de vista jurídico”, afirmou o presidente do Equador.

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Para Correa, a Comissão “se tornou um instrumento de perseguição contra os governos progressistas”. Ele enfatizou ainda que “os problemas estão aí e se nós não resolvermos, nossos países continuarão sendo colônias” e completou dizendo que “na América Latina do século 21, não vamos aceitar mais o neocolonialismo”.

Na semana passada, durante a posse do presidente costarriquenho, Luis Guillermo Solís, Correa qualificou a situação da CIDH como “uma das clamorosas contradições e um dos mais graves resquícios do neocolonialismo em Nossa América e que muitos não se atrevem a dizê-lo claramente”.

O governo de Equador entrou recentemente em conflito com a CIDH após rejeitar as medidas de proteção que a entidade concedeu a três opositores equatorianos.

Théa Rodrigues, da Redação do Portal Vermelho,
Com informações da Telesur

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