sábado, 31 de maio de 2014

Ex-guerrilheiro Sánchez Céren toma posse neste domingo em El Salvador

 


Neste domingo se inicia o período presidencial de Salvador Sánchez Cerén, do partido de esquerda Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), que foi eleito com 1.494.144 votos – no segundo turno – em 9 de março último.


Sánchez Cerén nasceu em 18 de junho de 1944 no município de Quezaltepeque, no departamento (região) de La Libertad. É o nono de 12 irmãos de uma família formada por Antonio Alfonso Sánchez, um artesão da madeira, e Dolores Hernández, uma vendedora de comida no mercado da localidade.
Aos 19 anos de idade se graduou professor na Escola Normal Alberto Masferrer. Depois se somou às lutas sociais na Associação Nacional de Educadores Salvadorenhos.

Nos anos 1970 se integrou à guerrilha das Forças Populares de Libertação (FPL), uma das cinco organizações que fundaram a FMLN em 10 de outubro de 1980.

Em 16 de janeiro de 1982, a FMLN assinou com a conservadora Aliança Republicana Nacionalista (Arena) os Acordos de Paz que puseram fim ao conflito político e social, que derivou em uma guerra civil na nação centro-americana.

Sánchez Cerén, então membro do comando geral da FMLN, foi um dos assinantes do pacto.

Em 2000 foi eleito deputado, cargo que ocupou até 2009, quando foi eleito vice-presidente da República junto ao atual mandatário Maurício Funes. Durante esta gestão também foi ministro da Educação.

O novo presidente assegurou que seu trabalho se voltará para aprofundar e dar maior importância à educação e ao desenvolvimento da economia no país. 

Atos políticos


Os salvadorenhos concluem neste sábado os preparativos finais para a tomada de posse de Salvador Sánchez Cerén como presidente da República. 

Neste domingo (1º/6), Sánchéz Cerén assumirá por um período de cinco anos e tomará posse também o gabinete ministerial que o acompanhará no segundo mandato da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), que foi exercido por Maurício Funes.

Com vistas ao sucesso do ato de posse e do ato popular que também terá lugar no domingo, tanto o governo que cessa o mandato como a nova equipe trabalharam durante toda a semana não só nos preparativos dos atos, como nas propostas de diálogo nacional para o início do próximo governo. 

Nesse sentido, representantes da FMLN e da Associação Nacional da Empresa Privada se sentaram à mesa de conversações para projetar iniciativas a fim de trabalhar pelo desenvolvimento a econômico do país.

No parlamento prosseguiu a discussão sobre uma reforma fiscal que entre suas propostas se encontra a solicitação de emissão de 800 milhões de dólares em bônus para o pagamento de Letras do Tesouro do Estado (dívida de curto prazo).

Essa iniciativa tem como objetivo prover liquidez e sustentabilidade financeira ao governo de Sánchez Cerén, para continuar os programas sociais iniciados no atual mandato de Mauricio Funes.

Para manter e estender o Pacote Escolar, o Litro de Leite, o vitorioso programa Cidade Mulher, entre outros, esses recursos são necessários, enfatizou o governante recentemente ao tempo em que refutou s críticas provenientes da direita, contra suas propostas. 

Durante a última semana, apesar dos altos índices de aprovação do presidente Funes, segundo as pesquisas, a direita, em particular o partido Aliança Republicana Nacionalista (Arena), fez uma ofensiva desqualificando praticamente todos os setores em que incidiu seu trabalho.

Por outro lado, foi noticia esta semana o anúncio do secretário geral da FMLN, Medardo González, do pedido formal na próxima segunda-feira (2) que El Salvador fará de integrar o mecanismo solidário regional Petrocaribe.

Também nestes dias o futuro chefe de Estado, completou a nominata dos ministérios e instituições autônomas, em que sobressai a pluralidade, capacitação dos nomeados e o compromisso com o programa de governo, que foi elaborado a partir das necessidades do povo.

Delegações internacionais


Seis delegações internacionais já chegaram a El Salvador para acompanhar neste domingo o presidente eleito, Salvador Sánchez Cerén, na sua tomada de posse.

De acordo com a Telesur já se encontram no país centroamericano representantes de Cuba, Argentina, Países Árabes, Taiwán e o príncipe de Astúrias, Felipe de Borbón. 

Está prevista a chegada dos presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Equador, Rafael Correa.

Representantes de ao menos 100 países, 15 chefes de Estado e 90 missões especiais acompanharão Sánchez Cerén na tomada de posse.

Desde a sexta-feira, El Salvador recebeu as delegações da Argentina, Cuba e da República Árabe Saharaui Democrática.

Com Telesur e Prensa Latina


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