quinta-feira, 22 de maio de 2014

Voz da Rússia: A Europa repensa os acontecimentos na Ucrânia?

 


Será que a Europa está acordando de sua avaliação dos eventos da Ucrânia? Gostaríamos de acreditar que sim. Uma boa surpresa foi a manifestação em Roma contra a distorção pela mídia europeia da informação sobre a situação na Ucrânia.

Por Iliá Kharlamov, na Voz da Rússia


Russia Today
Federalistas tomam prédio da administração de CarcóviaFederalistas tomam prédio da administração de Carcóvia
Foi um evento incomum e até mesmo um tanto sensacional. Centenas de pessoas exigiram a verdade: quem sãoelas – essas pessoas do Maidan que derrubaram o presidente legítimo e estão semeando a morte no Leste do país? O que os motiva, e quem está por trás deles.

O renomado jornalista e figura pública Giulietto Chiesa diz: “Na Itália ninguém sabe a verdade sobre o que está acontecendo na Ucrânia. Servem-nos informações completamente falsas, opostas à verdade. Precisamos de acordar as pessoas, e a compreensão vem lentamente”.


Giulietto Chiesa não está sozinho. O cientista político finlandês Jon Hellevig se pronunciou ainda mais duramente: a mídia ocidental está mentindo abertamente ao relatar o que está acontecendo na Ucrânia. Segundo ele, os jornais, a Internet e a televisão estão cheios de materiais propagandistas, onde os fatos são distorcidos ou camuflados em favor da linha geral. E ela é simples: em Kiev chegaram ao poder “democratas” e defensores da integração europeia, o que significa que eles devem ser ajudados. É com este fim que está trabalhando a mídia ocidental, e ainda com mais entusiasmo do que a propaganda soviética.

Assim, segundo Hellevig, os governos se tornam cúmplices de crimes porque apoiam aqueles que estão realizando repressões e semeando a morte na Ucrânia. A democracia na União Europeia terminou, resume o especialista finlandês.

É óbvio que os estrategistas europeus e seus titereiros norte-americanos não irão agradecer nem a Chiesa nem a Hellevig, pois a liberdade de expressão ocidental é um mecanismo com capacidades estritamente limitadas. E o limite aqui é a tal linha geral. Ela não deve ser seguida rigorosamente como as regras bíblicas, caso contrário corre-se o risco de ganhar fama de ser pouco confiável.

Entretanto, diante de nossos olhos se está desenvolvendo uma história muito simples, mas não menos dramática por isso. A Ucrânia está sendo rasgada por um conflito criado artificialmente por Washington. Ele nem esconde isso graças à franqueza da representante do Departamento de Estado Victoria Nuland e outros. O sangue está sendo derramado, o Estado está à beira de um colapso total e de uma moratória. Especialistas da Otan se sentem em casa nas usinas nucleares, gasodutos, estações de energia térmica, em locais de deslocação de unidades do Exército ucranianos, e até mesmo em gabinetes governamentais de Kiev.


A Ucrânia está perdendo rapidamente a sua independência, e isso está acontecendo segundo o pior guião, semelhante ao iugoslavo. Mas os civis europeus e norte-americanos continuam sendo diligentemente ensinados a acreditar que é Moscou que tem culpa de tudo.

E só a dedicação de alguns solitários permite nutrir a esperança de que suas vozes no deserto irão finalmente abrir os olhos ao venerável público ocidental. Se ele, é claro, quiser ver o que não tem visto até agora.


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