As chamadas sanções impostas pelo atual governo dos EUA à Venezuela, às quais alguns países europeus aderiram e países vizinhos da região aplaudem, não podem deixar de ser classificadas como genocídio.
Por Pasqualina Curcio, economista venezuelana
Na Venezuela, importamos a maioria dos remédios de que precisamos. 34% são comprados dos EUA, 10% da Colômbia, 7% da Espanha, 5% da Itália, outros 5% do México, 3% do Brasil, totalizando 64% do total necessário. Quanto aos gêneros alimentícios, a Venezuela importa 12% do que consome. 33% vêm dos EUA, 16% da Argentina, 14% do Brasil, 12% do Canadá, 3% do México, 2% do Chile e 1% da Colômbia. Ou seja, 82% do total importado vem do império norte-americano e de seus aliados. A Venezuela depende da importação de tecnologia, maquinário e peças de reposição para a produção. 32% são dos EUA, 5% do Brasil, 2% da Alemanha, outros 2% da Argentina, 4% da Colômbia, 3% do Panamá.
Esses produtos de importação, conforme instruções de Trump, não chegarão a 60% do que precisamos para a produção, o que provocará sérios efeitos na economia.
Para os serviços de transporte, incluindo peças de reposição, importamos 48% daqueles países. Apenas estes quatro itens (alimentos, medicamentos, máquinas e transporte) representam em média 51% das importações totais. O bloqueio equivale a 26,931 milhões de dólares por ano e a 9,4 milhões de toneladas (tomamos como referência as importações de 2012, antes do bloqueio contra o nosso povo.)
Como se isso fosse pouco, a pretensão é que haja 95% de queda na exportação de petróleo, também por meio de bloqueio econômico. Do total de hidrocarbonetos que exportamos, 33%, enviamos para os EUA, 7,5% para a Europa e 1,5% para a América do Sul. Todos esses países que compram 42% do nosso petróleo serão forçados a nos pagar em dólares, porque assim é a ordem dos EUA. Portanto, somente será possível ter esse dinheiro, cerca de 17.500 milhões de dólares, anualmente, no sistema financeiro dos EUA, quando aqueles que acreditam serem os donos do mundo, nos autorizarem. São recursos que usamos para comprar alimentos, remédios e maquinaria da China, Rússia e Índia, e também para pagar nossa dívida externa. Tentamos contornar esse bloqueio financeiro, mas Donald Trump os proibiu de adquirirem.
É um bloqueio criminoso que visa a prejudicar a economia venezuelana, gerando fome, miséria e mortes. Depois dirigem-se às Nações Unidas e mostram-se muito preocupados porque o governo bolivariano violaria os direitos humanos. Não deixa de nos surpreender que alguns “venezuelanos” unam-se em uma frente ampla a viajar pelo mundo para pedir mais bloqueios contra o seu próprio povo.
Esses produtos de importação, conforme instruções de Trump, não chegarão a 60% do que precisamos para a produção, o que provocará sérios efeitos na economia.
Para os serviços de transporte, incluindo peças de reposição, importamos 48% daqueles países. Apenas estes quatro itens (alimentos, medicamentos, máquinas e transporte) representam em média 51% das importações totais. O bloqueio equivale a 26,931 milhões de dólares por ano e a 9,4 milhões de toneladas (tomamos como referência as importações de 2012, antes do bloqueio contra o nosso povo.)
Como se isso fosse pouco, a pretensão é que haja 95% de queda na exportação de petróleo, também por meio de bloqueio econômico. Do total de hidrocarbonetos que exportamos, 33%, enviamos para os EUA, 7,5% para a Europa e 1,5% para a América do Sul. Todos esses países que compram 42% do nosso petróleo serão forçados a nos pagar em dólares, porque assim é a ordem dos EUA. Portanto, somente será possível ter esse dinheiro, cerca de 17.500 milhões de dólares, anualmente, no sistema financeiro dos EUA, quando aqueles que acreditam serem os donos do mundo, nos autorizarem. São recursos que usamos para comprar alimentos, remédios e maquinaria da China, Rússia e Índia, e também para pagar nossa dívida externa. Tentamos contornar esse bloqueio financeiro, mas Donald Trump os proibiu de adquirirem.
É um bloqueio criminoso que visa a prejudicar a economia venezuelana, gerando fome, miséria e mortes. Depois dirigem-se às Nações Unidas e mostram-se muito preocupados porque o governo bolivariano violaria os direitos humanos. Não deixa de nos surpreender que alguns “venezuelanos” unam-se em uma frente ampla a viajar pelo mundo para pedir mais bloqueios contra o seu próprio povo.
Fonte: Resistência
Tradução de Maria Helena De Eugênio
Tradução de Maria Helena De Eugênio
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