O cientista político e professor da Universidade de São Paulo (USP) André Singer afirmou neste sábado, 25, que a escolha e aprovação de Alexandre de Morais para a vaga deixada por Teori Zavascki no Supremo tribunal Federal (STF) revela a verdadeira natureza do grupo que tomou o poder no Brasil.
Agência Brasil/Antonio Cruz
"Trata-se da mais aberta e nítida direita que chegou ao governo desde a ditadura militar, mesmo considerando-se o consulado Collor. As suas simpatias repressivas assustam; o seu compromisso democrático soa duvidoso", afirma ele em artigo publicado na Folha de S. Paulo.
Singer recordo episódio polêmicos e pouco republicanos envolvendo o novo ministro da Suprema Corte e questiona: "O nome de Moraes é tão identificado com uma opção radical que, ao designá-lo, Michel Temer alienou significativos apoios centristas. Os principais veículos de comunicação manifestaram repúdio à substituição do discreto Teori Zavascki pelo vociferante professor. Por que, então, o presidente, sempre sensível à temperatura do establishment, resolveu indicá-lo?"
A resposta, segundo Singer, reside na "realpolitik". "Quis o destino que se abrisse uma inesperada chance de reverter a pequena maioria progressista que orientava o STF. Por mais contradições que houvesse, o time formado por Cármen Lúcia, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Luiz Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki tendia a interpretar a Constituição pelo lado do avanço social", afirma.
"Com a entrada de Alexandre, os ventos regressivos ganham precioso apoio no plenário da corte. Temer decidiu não desperdiçar a oportunidade. Osmar Serraglio no Ministério da Justiça confirma a fase de tudo ou nada", acrescenta.
Singer recordo episódio polêmicos e pouco republicanos envolvendo o novo ministro da Suprema Corte e questiona: "O nome de Moraes é tão identificado com uma opção radical que, ao designá-lo, Michel Temer alienou significativos apoios centristas. Os principais veículos de comunicação manifestaram repúdio à substituição do discreto Teori Zavascki pelo vociferante professor. Por que, então, o presidente, sempre sensível à temperatura do establishment, resolveu indicá-lo?"
A resposta, segundo Singer, reside na "realpolitik". "Quis o destino que se abrisse uma inesperada chance de reverter a pequena maioria progressista que orientava o STF. Por mais contradições que houvesse, o time formado por Cármen Lúcia, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Luiz Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki tendia a interpretar a Constituição pelo lado do avanço social", afirma.
"Com a entrada de Alexandre, os ventos regressivos ganham precioso apoio no plenário da corte. Temer decidiu não desperdiçar a oportunidade. Osmar Serraglio no Ministério da Justiça confirma a fase de tudo ou nada", acrescenta.
Fonte: Brasil 247
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