quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Governo tem no máximo 220 votos para reforma, calcula aliado


  

Em entrevista ao Congresso em Foco, Fábio Ramalho classificou como “muito difícil” o cenário para o governo. “Não estou otimista. É muito difícil virar o jogo. Creio que a reforma tenha hoje o apoio de 200 a 220 deputados. Mas o governo precisa dar andamento à discussão sobre o assunto. Na verdade, pautar o assunto já é um grande ganho para o governo”, avalia.

Segundo ele, as conversas do presidente Michel Temer com lideranças evangélicas e o empresário e apresentador Silvio Santos, nos últimos dias, além da liberação de verbas e da distribuição de cargos, ajudam o governo, mas não são suficientes para a aprovação da reforma.

2019

O vice-presidente da Câmara considera mínimas as chances de votação da reforma da Previdência em fevereiro. Para ele, a proposta só deve ser votada no próximo ano, já sob o comando do próximo presidente da República. “Vejo possibilidade de aprovar no próximo ano. Nesse caso, a reforma poderá ser até maior, com efeito mais de longo para o Brasil”, acredita. “Faltou uma boa comunicação ao governo. Faltou informar direito a população sobre a necessidade das mudanças”, entende.

Ramalho tem relação próxima com deputados da base e da oposição, e também com o presidente Temer. Foi no apartamento dele que Temer se reuniu com aliados na véspera da votação da primeira denúncia contra ele, em agosto. Na ocasião, reiterou seu pedido de apoio para se livrar de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

Sem otimismo

Em viagem oficial aos Estados Unidos, Rodrigo Maia disse na terça-feira (16) ver “sem nenhum tipo de otimismo” a possibilidade de aprovação da reforma, seja em fevereiro ou qualquer época do ano. “Na minha opinião, se não conseguir voto em fevereiro, não vota mais. Depois, nós vamos ter outras agendas que precisam avançar”, disse Maia. Entre esses outros projetos, ele citou medidas provisórias e a proposta que restringe o chamado foro privilegiado.

O presidente da Câmara afirmou ainda que não está sendo pessimista, mas realista sobre as chances do governo. “Não fiz discurso pessimista, não posso ir para nenhum ambiente no Brasil ou no exterior e mentir. Já tem muito político mentiroso no Brasil”, declarou. 

Fonte: Congresso em Foco
  • VOLTAR
  • IMPRIMIR

Nenhum comentário:

Postar um comentário