quinta-feira, 31 de julho de 2014

Luciana Santos: Que país queremos ter a partir do dia 5 de outubro?

 

 
 
 

 

Deputada federal pelo PCdoB de Pernambuco e candidata à reeleição em outubro, Luciana Santos tem a convicção de que é preciso avançar nas mudanças ocorridas nos últimos anos em Pernambuco e no Brasil e, para isso, é necessário que o povo eleja nas próximas eleições representantes que estejam comprometidos com o progresso do estado e do país. 



Leia abaixo o pronunciamento de Luciana (6510) na Plenária do Recife, de apoio a sua candidatura e a de Marcelino Granja (65100), que disputa uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado. Mais de 700 pessoas participaram do encontro realizado segunda-feira (28).

O jeito diferente de fazer política

"Estamos dando a largada para essa etapa de 70 dias até o dia 5 de outubro e é importante nós termos a dimensão da batalha a enfrentar, das metas que temos de estabelecer. De fato, são 70 dias de um debate de ideias intenso, de um debate sobre o país e sobre Pernambuco, de um debate sobre os brasileiros e sobre que país nós vamos ser a partir do dia 5 de outubro.

Essa batalha eleitoral tem uma dimensão estratégica, que diz respeito a vida de cada um e de cada uma no dia seguinte às eleições. Porque nós vivemos em um ambiente em que a política é muito negada. É negada pelos meios de comunicação e por todas as forças políticas que querem fazer da política apenas um instrumento de barganha e de enriquecimento. Mas, nós que somos militantes, que temos uma causa, que acreditamos que o país tem jeito, que temos convicção de que Pernambuco tem jeito, que os municípios deste país podem se desenvolver, que as cidades podem ser mais humanas, nós agimos na política de maneira diferente. 

Ulisses Guimarães dizia mais ou menos assim: "O voto é tudo ou nada. Ou nós conquistamos a democracia e agimos na política como atores e sujeitos do processo histórico para transformar a realidade ou nós seremos vítimas desse mesmo processo histórico como vassalos". E penso que aqui nesta noite nós estamos reunindo os melhores homens e mulheres do Recife, que acompanham o dia a dia, que são militantes, militantes do saneamento básico, militantes da habitação popular, militantes para que nós tenhamos um transporte de qualidade, militantes da causa pela segurança pública e da inclusão social, de uma melhor qualidade nas escolas, de uma saúde que possa ser cada vez mais universalizada, democrática e de qualidade.



Novo momento na política brasileira

Aqui cada um e cada uma de vocês tem uma história diferente para contar. Marcelino destacou bem em seu discurso. Nós aqui somos frutos de um processo de luta de muitas gerações que lutaram pela liberdade e pela democracia e não podemos cair nesse desencanto que pregam aqueles que querem evitar que o povo continue em sua marcha de progresso e mudanças. A esses interessa que o povo esteja fora do debate político, a esses interessa que as pessoas fiquem céticas, desanimadas, com a eleição. Nós, ao contrário, somos militantes porque temos a perspectiva de construir um novo mundo juntos, que para nós é a construção do socialismo no Brasil.

Um país que, da vitória de Lula para cá, vive um momento novo na política brasileira. Nós costumamos dizer que o país deu vários saltos civilizacionais. Nós passamos 300 anos de escravatura, mas nós conquistamos a República e até a República nós tivemos uma grande mudança na vida do povo brasileiro, que nós situamos como um grande salto civilizacional. Depois nós tivemos a industrialização brasileira, no final da década de 1940/1950, que foi um novo salto civilizacional do país. Mais recentemente, nós tivemos a vitória do Brasil representada pelo ciclo político iniciado com Lula e depois com Dilma. 

Avanço x retrocesso. A polarização necessária


Luciana e Marcelino (centro) ladeados por Antonieta Trindade (esq.), Irene Freire e Cida Pedrosa (dir.) 

Hoje o grande debate que está em curso e vai culminar com as eleições de 5 de outubro é, inegavelmente, o debate sobre o projeto de Estado nacional. É nas eleições deste ano que nós vamos nos confrontar com a polarização que, independentemente, da nossa vontade está se desenhando, que é: Nós vamos caminhar para o retrocesso representado pela candidatura de Aécio Neves, que representa o passado, que representa a agenda que FHC implantou no país, ou nós vamos aprofundar as mudanças com a presidenta Dilma? É essa a polarização que está se desenhando. 

Pode ser que não seja assim. Temos um candidato a presidente da República em Pernambuco, nosso querido governador Eduardo Campos, mas a tendência é essa polarização e nós precisamos nos posicionar nesse debate sobre que Estado nacional nós queremos. Nem o Estado máximo que se fala, nem o Estado mínimo como foi na época de Fernando Henrique Cardoso. O que nós queremos é o Estado necessário, que faça valer os avanços da população.

Nos último anos, nós iniciamos o processo de interiorização, de enfrentamento da regionalização do país, do crescimento econômico, da inclusão social. Hoje são 12 milhões de brasileiros com as carteiras de trabalho assinadas. Eu me lembro bem de quando nós estávamos nas ruas, de que antes de Lula nós lutávamos por um salário mínimo de US$ 100, e hoje nós temos um salário mínimo de US$ 300, o que representa uma conquista muito importante para a vida do povo brasileiro. E foi o salário mínimo, o microcrédito, o Bolsa Família, que consolidaram um processo de inclusão social jamais visto na história brasileira.

E são essas conquistas que nós vamos difundir no dia a dia da disputa eleitoral, fazendo comparações, nós não temos medo das comparações. Mas, nós não queremos só comparar o que foi antes e o que tem sido agora. Nós queremos mais, pois sabemos que o Brasil pode mais e poder mais significa ter uma correlação de forças mais forte a favor do povo, para fazer mais rupturas e fazer rupturas significa termos força e para ter força nós temos de ter os votos.
Militância chamada à luta

Na plenária, Luciano Siqueira e Luciana 

E é por isso que nessas eleições nós precisamos de vocês, cada um e cada uma, pois a luta é dura, porque a disputa eleitoral ainda é uma disputa desigual. Por isso, nós queremos avançar nas reformas estruturais no Brasil. Precisamos ter um Estado mais democrático para poder ter uma representação política melhor. Quantos trabalhadores, quantas mulheres, quantos negros nós temos no Congresso Nacional? Poucos. Exatamente porque ainda temos uma eleição marcada pela influência, pela força do poder econômico, e a nossa disputa é no debate de ideias, no convencimento. 

É por isso que nós precisamos de vocês para que possamos participar dessas eleições desempenhando o papel que é próprio dos comunistas. Politizando, elevando o debate de ideias, ocupando as ruas, no porta a porta, nos sinais de trânsito, nos bairros, porque essa é a principal diferença das nossas candidaturas. Quem tem essa militância que está aqui, quem tem homens e mulheres conscientes? Só nós podemos fazer essa diferença. Nós podemos fazer a diferença nas ruas porque nós vamos fazer essa eleição com o coração e com a certeza de que Pernambuco e o Brasil podem ser ainda melhores. E, por isso, nas próximas eleições nós vamos votar em Dilma, presidente; Paulo Câmara, governador, Fernando Bezerra Coelho, senador. E 6510, Luciana deputada federal, e 65100 Marcelino Granja deputado estadual. Firme na luta! 

Fotos: Jan Ribeiro/Diego Galba/Maturi Comunicação

Audicéa Rodrigues
Do Recife

Nenhum comentário:

Postar um comentário