terça-feira, 29 de julho de 2014

Renato Rabelo: Existem dois caminhos opostos para o Brasil

 



No programa Palavra do Presidente desta semana, o dirigente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, fala sobre a campanha eleitoral que já está em marcha. Para Renato, a oposição vem adotando a tática de espalhar medo e ódio para tentar deter a presidenta Dilma, que continua firme na liderança, segundo as pesquisas. Quanto ao plano econômico dos presidenciáveis, existem dois caminhos bem diversos.

De São Paulo, Eliz Brandão para a Rádio Vermelho


  
Segundo o presidente do PCdoB, a oposição vem utilizando formas e métodos para tentar amedrontar e criar até uma relação de ódio com a presidenta. O dirigente comunista lembrou ainda da campanha do ex-presidente Lula de que utilizou o slogan “A Esperança Vai Derrotar o Medo” para fazer o contra-ataque aos opositores. “Agora a oposição volta com o mesmo método, para tentar antipatizar a presidenta Dilma com os eleitores, espalhando o medo e até o ódio em determinadas camadas da população”, afirmou.

Santander

Segundo o presidente do PCdoB, um exemplo notório é a atitude do Banco Santander, que não escondeu o que pensam os círculos financeiros em relação à candidatura da presidenta Dilma. 

Renato disse que toda vez que a presidenta demonstra possibilidade de vencer as eleições, a bolsa cai, ou afirmam que a economia vai caminhar para um desastre. “Eles dizem de forma explícita que o crescimento de Dilma nas intenções de voto, ou sua reeleição levaria a um verdadeiro fracasso da economia. Esta não é apenas a posição do Santander, mas de muitas agências e instituições de análises vinculadas ao sistema financeiro. “O que eles pregram se reflete na bolsa", explicou Renato. "Chegamos a essa situação”, salientou.

“Fazendo uma analogia com o período de Lula, a oposição e a mídia criaram uma espécie de ‘lulômetro’, para medir a perspectiva do dólar, de subida ou descida, de acordo com as pesquisas eleitorais. Se a economia vai mal é porque Dilma está crescendo”. E de acordo com Renato, essa é uma forma de intimidar, de criar terror na sociedade.
Plano econômico da oposição
O dirigente comunista reafirma que a oposição não diz claramente qual é o seu programa, porque tenta escondê-lo. “O seu programa é enrustido”. No plano econômico existem dois caminhos. “O caminho da oposição é que eles acham que a economia brasileira tem que passar por uma forte austeridade econômica (um grande corte de despesas, de custeios e até de financiamento social), sem isso, na opinião deles, a economia não avançaria, ou seja, só pode avançar se houver corte de financiamento na área social e até de custeio (de hospitais, de escolas públicas, custeio de tudo aquilo que é público), e então em vez de avançar para atender as demandas, eles propõem retrocessos”.
Novo ciclo de desenvolvimento
Outro caminho é o que vem sendo implementado desde o governo Lula e continuado por Dilma, que propõe que o desenvolvimento deve ser retomado, temos que fazer com que o investimento cresça e tudo está sendo preparado para isso. Portanto, a presidenta tem dito que nós estamos começando um novo ciclo de desenvolvimento que visa aumento do investimento e da produtividade, para manter a distribuição de renda, ou seja, sem regressão. Então, são dois caminhos que temos que considerar. Essas são as diferenças”, apontou Renato. 
Sagrada aliança 
Ainda sobre a oposição, Renato explica: "A oposição hoje são esses grandes grupos da mídia, articulados com o capital financeiro e os tucanos. É exatamente essa “sagrada aliança”, que já fez sua escolha, elegendo como candidato principal, o Aécio Neves. “Por isso, o povo tem que compreender e saber fazer a sua escolha agora”. 

Renato lembrou que tudo o que acontece negativamente com a oposição, a mídia esconde, porque não é de interesse. O presidente comunista lembrou do caso do aeroporto que foi construído com dinheiro público na propriedade do tio do Aécio, no município de Cláudio, em Minas Gerais. “Isso é um escândalo, se fosse do lado do PT, da presidenta Dilma, eles fariam um escarcéu”.

Outro caso advertido por Renato é o da escassez de água em São Paulo. “É falta de água para 11 milhões de habitantes, isso é um problema gravíssimo, eles tiveram 20 anos e não planejaram, mantiveram basicamente os mesmos instrumentos de fornecimento, sem prever reserva, não investiram, cometeram um erro grave e a mídia não um grande escândalo”, questionou o presidente nacional do PCdoB.

Ouça a íntegra do programa, clicando no ícone abaixo.


 OUVIR

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