Clemente
Ganz, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estudos
Socioeconômicos (Dieese), afirmou que a condução econômica do governo de
Michel Temer é “extremamente nefasta para a sociedade e traz um custo
social enorme”. Ele se referiu à projeção da meta fiscal, que mais uma
vez teve seu anúncio adiado pelo governo. O deficit a ser anunciado deve
ser de R$ 159 bilhões para este ano, mas há quem defenda no governo que
a revisão defina um deficit de R$ 170 bilhões.
Por Railídia Carvalho
Foto: Marcos Corrêa/PR/FotosPúblicas
De
acordo com ele, a política econômica atual, baseada em ajuste fiscal e
aprovação de reformas, vai retardar a retomada do crescimento. No rastro
desse “equilíbrio nas contas” do governo virá um efeito cascata
devastador.
“Atender a meta fiscal da maneira como o governo se propõe torna o efeito recessivo dos cortes continuado. Se as pessoas têm menos renda, consomem menos, portanto, a economia produz menos. Não gira a economia”, explicou Clemente.
“Sem perspectiva de retomada, as empresas vendem ou demitem para não aumentar a dívida. O desempregado fica mais tempo sem trabalho e sem salário. Aqueles que estão empregados continuam inseguros se ainda terão o emprego no dia seguinte”, comparou Clemente.
Além de afetar o mercado de trabalho, a opção de Temer em aumentar o deficit vai comprometer mais ainda serviços públicos de saúde e educação, observou Clemente.
“O governo vai comprometer impostos futuros sem aumentar a capacidade produtiva do Estado. Vai gastar mais dinheiro nosso para pagar juros da dívida. São recursos que iriam para saúde e educação”, ressaltou.
Clemente (foto) projeta que o nível de endividamento do Estado brasileiro vai ficar em níveis insustentáveis. “É como se o trabalhador pegasse um empréstimo para comprar o almoço todo dia. Pegou tanto emprestado para consumir e não conseguiu produzir nada e fica cada vez mais endividado”, exemplificou.
Para o diretor do Dieese, “o Estado tem a capacidade de se endividar mas se não for para aumentar a capacidade produtiva da economia, ele gera um desequilibro gasta cada vez maior com gasto estéril”.
Clemente declarou que o aumento do deficit para R$ 159 bilhões demonstra que o impeachment contra a presidenta eleita Dilma Rousseff foi motivado por causas políticas.
“À época da Dilma o rombo de R$ 70 bilhões era um absurdo. Agora é de R$ 160 bilhões e tem que aceitar, não é mais ela”, ironizou Clemente.
“Os caras não só disseram que era uma loucura [o deficit de R$ 70 bilhões], mandaram ela embora. Agora propõem mais que o dobro de deficit e estão falando em aumento de impostos. É a caracterização que o impeachment dela significou decisão política. Não teve nada a ver com os fatos”, enfatizou Clemente.
De acordo com ele, ficou para trás a concepção de ver o país crescer para gerar bens para todos. “Estão produzindo um país para que os capitalistas, principalmente as multinacionais, venham para cá valorizar sua riqueza. Isso é uma tragédia para a sociedade.”
“Atender a meta fiscal da maneira como o governo se propõe torna o efeito recessivo dos cortes continuado. Se as pessoas têm menos renda, consomem menos, portanto, a economia produz menos. Não gira a economia”, explicou Clemente.
“Sem perspectiva de retomada, as empresas vendem ou demitem para não aumentar a dívida. O desempregado fica mais tempo sem trabalho e sem salário. Aqueles que estão empregados continuam inseguros se ainda terão o emprego no dia seguinte”, comparou Clemente.
Além de afetar o mercado de trabalho, a opção de Temer em aumentar o deficit vai comprometer mais ainda serviços públicos de saúde e educação, observou Clemente.
“O governo vai comprometer impostos futuros sem aumentar a capacidade produtiva do Estado. Vai gastar mais dinheiro nosso para pagar juros da dívida. São recursos que iriam para saúde e educação”, ressaltou.
Clemente (foto) projeta que o nível de endividamento do Estado brasileiro vai ficar em níveis insustentáveis. “É como se o trabalhador pegasse um empréstimo para comprar o almoço todo dia. Pegou tanto emprestado para consumir e não conseguiu produzir nada e fica cada vez mais endividado”, exemplificou.
Para o diretor do Dieese, “o Estado tem a capacidade de se endividar mas se não for para aumentar a capacidade produtiva da economia, ele gera um desequilibro gasta cada vez maior com gasto estéril”.
Clemente declarou que o aumento do deficit para R$ 159 bilhões demonstra que o impeachment contra a presidenta eleita Dilma Rousseff foi motivado por causas políticas.
“À época da Dilma o rombo de R$ 70 bilhões era um absurdo. Agora é de R$ 160 bilhões e tem que aceitar, não é mais ela”, ironizou Clemente.
“Os caras não só disseram que era uma loucura [o deficit de R$ 70 bilhões], mandaram ela embora. Agora propõem mais que o dobro de deficit e estão falando em aumento de impostos. É a caracterização que o impeachment dela significou decisão política. Não teve nada a ver com os fatos”, enfatizou Clemente.
De acordo com ele, ficou para trás a concepção de ver o país crescer para gerar bens para todos. “Estão produzindo um país para que os capitalistas, principalmente as multinacionais, venham para cá valorizar sua riqueza. Isso é uma tragédia para a sociedade.”
Do Portal Vermelho
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