segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Começa na Colômbia congresso de fundação do novo partido das Farc


Efe
Após o congresso, as Farc serão, oficialmente, um partido políticoApós o congresso, as Farc serão, oficialmente, um partido político

Participam mil delgados e 200 convidados, que se reúnem no Centro de Convenções ‘Gonzalo Jiménez de Quesada’ de Bogotá.

O Congresso terminará em 1º de setembro, com um ato político-cultural de massas na Praça Bolívar, no Centro Histórico de Bogotá.

Entre os convidados se encontram todos os candidatos às eleições da presidência da República que se realizarão no próximo ano, como expressão da abertura do movimento revolucionário, o qual se propõe escutar todas as propostas eleitorais do país, segundo afirmou o comandante Pastor Alape.

O congresso também decidirá sobre o nome da nova formação política, que poderá chamar-se ‘Força Alternativa Revolucionária da Colômbia’, como afirmou o membro do Secretariado da organização Iván Márquez, para não perder a sigla Farc.

Fontes da antiga guerrilha disseram à Prensa Latina que o congresso deliberará sobre a escolha dos 10 membros das Farc-EP que serão indicados como seus representantes no Congresso da República, cinco como deputados e cinco senadores.

O congresso é encabeçado pelo principal dirigente das Farc-EP, Timoleón Jimenez, conhecido como Timochenko, que chegou à Colômbia há uma semana procedente de Cuba, onde fez tratamento médico.

O líder guerrilheiro manifestou na sua chegada ao país que o novo partido tem como objetivo seguir construindo um caminho de reconciliação, diálogo e entendimento em defesa da paz, depois que as Farc-EP deram o passo de sua incorporação à vida civil em 15 de agosto último.

Embora a grande imprensa colombiana tenha tentado baixar o perfil do noticiário sobre o congresso das Farc, os organizadores disseram que foram credenciados mais de 400 jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas para cobrir o evento.

Durante o sábado se completou a chegada a Bogotá dos delegados, procedentes das 26 zonas de transição em que permaneceram os guerrilheiros até a deposição das armas.

Para chegar a este momento culminante, depois da assinatura do acordo de paz em finais de 2016 em Havana – num processo de quatro anos de diálogo -, foi necessário superar mais de cinco décadas de conflito armado interno, que causou 5,7 milhões de vítimas de deslocamentos forçados, 220 mil mortos e mais de 25 mil desaparecidos.

Uma numerosa delegação de convidados internacionais participa do Congresso das Farc-EP. Socorro Gomes, do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), e presidenta do Conselho Mundial da Paz, representa a legenda comunista, e Mônica Valente, secretária de Relações Internacionais, o Partido dos Trabalhadores (PT). 

Fonte: Resistência

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