Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quinta-feira (29) mostrou que o desemprego aumentou em fevereiro no Brasil. Se até janeiro os desempregados eram 12,7 milhões, os números atuais mostram que essa taxa subiu para 13,1 milhões no mês seguinte. A estatística desmascara a “estabilidade” que chegou a ser comemorada pelo governo de Michel Temer.
Por Railídia Carvalho
“O governo não deu saída para a crise que o Brasil atravessa. E não é só econômica. É de confiança, é ética, moral e a economia não reagiu por mais que o governo venha discursando que o país está reagindo usando até a reforma trabalhista para enganar a população que ia melhorar o desemprego, vimos que não é verdade. Caiu a máscara do governo”, declarou ao Portal Vermelho Miguel Torres, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos.
Na opinião de Clemente Ganz (foto), diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o aumento do desemprego é uma tendência neste período do ano mas ele chama a atenção para a deterioração do mercado de trabalho, que vem se consolidando no país. “Em relação aos que vivemos em 2015 e 2016 parou de cair mas estamos longe de ter uma dinâmica econômica para recuperar a qualidade do mercado de trabalho de 2014”, explicou.
Miguel Torres acrescentou ainda que a reforma trabalhista, além de incentivar a perda da qualidade nos postos de trabalho, também impede o fortalecimento do mercado interno. “O efeito é o mesmo entre o desempregado que não tem renda e o empregado com renda baixa. Nenhum dos dois consome, portanto, a economia não aquece, não haverá geração de emprego”, argumentou Miguel.
De acordo com Clemente, o Brasil experimenta um cenário vivido por países europeus que implementaram reforma trabalhista como a Espanha, por exemplo. “O desemprego caiu às custas de empregos precários, a massa salarial caiu e a dinâmica econômica está fraca. Não sabem o que fazer”, acrescentou Clemente.
Ele explicou que a massa salarial, que é a soma de todas as remunerações, é o que dá poder de consumo às famílias, o que pode alavancar o crescimento econômico. “Vivemos no Brasil o rebaixamento dessa massa salarial, os novos empregos pagam salário menores e o desemprego é muito alto. Se antes duas pessoas trabalhavam na família e ganhavam R$ 2 mil, hoje são três, quatro trabalhando para ganhar R$ 1.800,00. Essa queda compromete o consumo e a dinâmica da economia.”
Miguel (foto) exemplificou o drama vivido pelos trabalhadores com o desemprego e o rebaixamento de salários. “Há seis anos começamos a fazer no final do ano campanha de arrecadação de alimentos para moradores de rua. Naquela época o morador de rua era dependente químico, de álcool, drogas, era nômade ou sofria de algum distúrbio. Eram pouquíssimas as famílias. Atualmente, 80% da população de rua são formados por famílias que perderam a renda ou o emprego e não conseguem pagar o aluguel. Isso é o efeito dos desmandos que têm acontecido no Brasil”, enfatizou o sindicalista.
Integrante do Movimento Brasil Metalúrgico, que reúne entidades vinculadas a todas as centrais sindicais do país, Miguel afirmou que a retomada do crescimento passa pela reindustrialização do Brasil. “Hoje o peso da indústria dentro do Produto Interno Bruto (PIB) não passa de 6%, quando já chegou a 17%. Não existe um país forte sem uma política de desenvolviento nacional que tenha a indústria como alicerce para gerar emprego de qualidade e renda. O atual governo ainda facilita o fechamento de empresas nacionais e promove as importações, o que tem quebrado nossas indústrias em favor de empresas multinacionais”, criticou o metalúrgico.
Na opinião de Clemente Ganz (foto), diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o aumento do desemprego é uma tendência neste período do ano mas ele chama a atenção para a deterioração do mercado de trabalho, que vem se consolidando no país. “Em relação aos que vivemos em 2015 e 2016 parou de cair mas estamos longe de ter uma dinâmica econômica para recuperar a qualidade do mercado de trabalho de 2014”, explicou.
Miguel Torres acrescentou ainda que a reforma trabalhista, além de incentivar a perda da qualidade nos postos de trabalho, também impede o fortalecimento do mercado interno. “O efeito é o mesmo entre o desempregado que não tem renda e o empregado com renda baixa. Nenhum dos dois consome, portanto, a economia não aquece, não haverá geração de emprego”, argumentou Miguel.
De acordo com Clemente, o Brasil experimenta um cenário vivido por países europeus que implementaram reforma trabalhista como a Espanha, por exemplo. “O desemprego caiu às custas de empregos precários, a massa salarial caiu e a dinâmica econômica está fraca. Não sabem o que fazer”, acrescentou Clemente.
Ele explicou que a massa salarial, que é a soma de todas as remunerações, é o que dá poder de consumo às famílias, o que pode alavancar o crescimento econômico. “Vivemos no Brasil o rebaixamento dessa massa salarial, os novos empregos pagam salário menores e o desemprego é muito alto. Se antes duas pessoas trabalhavam na família e ganhavam R$ 2 mil, hoje são três, quatro trabalhando para ganhar R$ 1.800,00. Essa queda compromete o consumo e a dinâmica da economia.”
Miguel (foto) exemplificou o drama vivido pelos trabalhadores com o desemprego e o rebaixamento de salários. “Há seis anos começamos a fazer no final do ano campanha de arrecadação de alimentos para moradores de rua. Naquela época o morador de rua era dependente químico, de álcool, drogas, era nômade ou sofria de algum distúrbio. Eram pouquíssimas as famílias. Atualmente, 80% da população de rua são formados por famílias que perderam a renda ou o emprego e não conseguem pagar o aluguel. Isso é o efeito dos desmandos que têm acontecido no Brasil”, enfatizou o sindicalista.
Integrante do Movimento Brasil Metalúrgico, que reúne entidades vinculadas a todas as centrais sindicais do país, Miguel afirmou que a retomada do crescimento passa pela reindustrialização do Brasil. “Hoje o peso da indústria dentro do Produto Interno Bruto (PIB) não passa de 6%, quando já chegou a 17%. Não existe um país forte sem uma política de desenvolviento nacional que tenha a indústria como alicerce para gerar emprego de qualidade e renda. O atual governo ainda facilita o fechamento de empresas nacionais e promove as importações, o que tem quebrado nossas indústrias em favor de empresas multinacionais”, criticou o metalúrgico.
Do Portal Vermelho
Do Portal Vermelho, com informações da Agência Câmara
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