segunda-feira, 26 de março de 2018

Luciana: PCdoB, 96 anos de luta pelo Brasil e pela democracia



Corujito
  
"O PCdoB chega aos seus 96 anos de vida empunhando sua histórica bandeira de defesa da democracia. Desde sua entrada em cena, no dia 25 de março de 1922, a bandeira democrática associada ao grande objetivo de conquista do socialismo e a um projeto de nação, ocupa o centro da nossa formulação estratégica", afirma a presidenta nacional do partido, deputada federal Luciana Santos (PE).

"Hoje, nessa situação de encruzilhada histórica em que se encontra o país, mais uma vez estamos empenhados para unir as forças progressistas, populares e patrióticas numa ampla frente para restaurar a democracia, mutilada com o golpe de 2016, e restabelecer as bases da nossa soberania nacional. Democracia e soberania nacional são duas condições indispensáveis para que floresça um Projeto que fortaleça a Nação e eleve as conquistas e os direitos da classe trabalhadora e do povo", diz Luciana.

Ela acrescenta: "Nas comemorações deste quase um século de existência, o Partido Comunista do Brasil renova e fortalece sua essência: partido revolucionário da classe trabalhadora, patriótico e internacionalista. Neste mar tempestuoso que é o mundo e o Brasil de nossos dias, seguimos bem orientados por nossa bússola, por nosso Programa Socialista que nós da rumo e caminho. O rumo é a construção do socialismo em nossa pátria; o caminho é o fortalecimento, agora e já, da Nação brasileira, com a vitória das forças progressistas nas eleições de outubro".

A presidenta do partido reafirma a defesa da soberania popular. Segundo ela, para o partido o voto popular "é um instrumento básico, ponto central da nossa formação e trajetória".

"Sem a confiança do povo, nenhum governo é capaz de conduzir o país no rumo do desenvolvimento soberano e do progresso social. Lutamos pela sua garantia desde que participamos pela primeira vez de uma eleição presidencial, quando lançamos, em 1929, a candidatura do operário Minervino de Oliveira para concorrer à Presidência da República em 1930. A questão principal em jogo naquela decisão era superar o sistema político da chamada República Velha, regido pela exclusão da verdadeira soberania do voto popular", salientou Luciana.

Sobre a onda conservadora que o país enfrenta, Luciana resgatou que o país já viveu sob regimes autoritários e que a resistência foi feita de diferentes formas para o restabelecimento da democracia.

"Foi assim que os comunistas ajudaram o país a superar a ditadura do Estado Novo, promovendo uma campanha de massas pela convocação da Assembleia Nacional Constituinte para restabelecer a soberania popular; e enfrentamos a ditadura militar de 1964 também defendendo a volta da legalidade constitucional. Nessas Constituições democráticas, que liquidaram as duas ditaduras do período republicano brasileiro, estão as marcas dos comunistas, especialmente nos capítulos dos direitos do povo e dos interesses do país", lembrou.

E acrescenta: "Com esse currículo, neste momento crítico do Brasil não poderíamos deixar de erguer esta bandeira que está em nossas mãos desde o nascimento do PCdoB".

Analisando a conjuntura nacional, Luciana afirma que Temer empurrou o Brasil "para fundo do poço" e classificou o governo como "entreguista".

"Entreguista, está vendendo o patrimônio nacional, como é caso da riqueza do pré-sal; da tentativa de privatização da Eletrobrás; e do absurdo de vender a Embraer para a Boeing. Antipovo, cortou direitos trabalhistas históricos que vêm desde a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) do governo de Getúlio Vargas, embora a força do povo o tenha derrotado na famigerada Reforma da Previdência; é um governo que enfraqueceu o Estado nacional, bem como o governo das unidades da Federação, com a chamada Emenda do Teto dos Gastos, debilitou serviços públicos essenciais, como é o caso da Segurança Pública", apontou.

Ela também considera que o governo Temer é "autoritário" por suas censuras a cultura e o desrespeito a autonomia das universidades. Para Luciana, a conduta do governo Temer também o leva a ser responsável pelo assassinato da vereadora Marielle Franco, ao reprimir os movimentos e ser "conivente com a violência que já vitimou dezenas de lideranças populares"

Sobre 2018, Luciana afirmou que o PCdoB vai atuar na "garantia de eleições presidenciais efetivamente livres", sendo o primeiro passo "impedir as manobras golpistas para criar barreiras à soberania do voto".

"Nesse âmbito, a defesa dos direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobretudo o da sua candidatura, assume sentido obrigatório. Excluí-lo arbitrariamente, por meio de manobras judiciais ilegítimas e ilegais, é um ato arbitrário que macula o princípio intransigível da soberania popular. De igual modo, as forças democráticas devem revigorar suas ações em solidariedade a Lula diante da ameaça de sua prisão, resultante de uma trama das forças golpistas e de reiteradas afrontas ao Estado Democrático de Direito", afirmou.

Ela reafirmou ainda o compromisso do partido em promover a unidade das forças democráticas para construir um projeto nacional de desenvolvimento.

"O PCdoB está convicto de que cabe à esquerda protagonizar a formação de uma frente ampla ancorada em um novo projeto nacional. Para tal, a esquerda, sem que se prejudique a tática eleitoral de cada legenda, precisa se agregar em torno de propostas programáticas", destacou, citando o manifesto lançado pelas fundações do PCdoB, PT, PDT, Psol, e também com a contribuição da fundação do PSB, intitulado "Unidade para Reconstruir o Brasil".

"Na visão do PCdoB, é assim, de forma ampla e unitária, que devemos enfrentar as forças golpistas, conservadoras, com um programa de governo capaz de tirar o Brasil da crise e reconduzi-lo ao caminho da democracia, do desenvolvimento, do progresso social e da soberania nacional. Enfrentamos um cenário complexo em âmbito internacional de ameaças, de riscos, mas também de oportunidades. Aos democratas e patriotas impõe-se a tarefa de defender o Brasil, tendo a questão nacional no centro desse programa de governo das forças democráticas, populares e patrióticas", frisou..

Ainda sobre o processo eleitoral, Luciana afirma que a pré-candidatura de Manuela à presidenta da República é uma ação histórica.

"Ela [Manuela] responde ao anseio que há na sociedade por uma verdadeira renovação da política nacional. Nossa pré-candidata traduz o legado de 96 anos de luta do Partido, incorporando realidades dos nossos dias e desenvolvendo os princípios que têm nos norteado nessa trajetória", salientou.
 

Do Portal Vermelho
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