quarta-feira, 5 de julho de 2017

Rússia e China apresentam plano conjunto para solucionar crise coreana


Xi Jinping, presidente chinês, e Vladimir Putin, presidente russo, se encontraram no Kremlin, em Moscou, nesta terça-feira (04/07)Xi Jinping, presidente chinês, e Vladimir Putin, presidente russo, se encontraram no Kremlin, em Moscou, nesta terça-feira (04/07)
Os governos russo e chinês apresentaram nesta terça-feira (04/07) uma proposta para tentar diminuir as tensões na península coreana devido ao programa nuclear da Coreia do Norte e o antagonismo entre o país e a Coreia do Sul e os Estados Unidos.

A iniciativa conjunta foi decidida entre os presidentes de Rússia e China, Vladimir Putin e Xi Jinping, e busca solucionar o conflito coreano por meio do congelamento do programa armamentista da Coreia do Norte e das manobras de Estados Unidos e Coreia do Sul.
"A solução do problema na península coreana com o fim de garantir uma paz e estabilidade sólida no nordeste da Ásia está entre as prioridades da política exterior comum", disse Putin a jornalistas após se reunir com Xi no Kremlin nesta terça-feira.

Putin afirmou que as partes concordaram em impulsionar de maneira ativa "uma iniciativa comum, que está baseada no plano russo de recuperação do conflito coreano por etapas e a ideia chinesa de congelar paralelamente as atividades nucleares e de mísseis da Coreia do Norte e as manobras militares em grande escala de Estados Unidos e Coreia do Sul".
Após a reunião entre os dois presidentes, os ministérios de Relações Exteriores de Rússia e China divulgaram um comunicado com mais detalhes do plano. Os dois países pedem à Coreia do Norte que anuncie de maneira voluntária "uma paralisação dos testes nucleares e de mísseis balísticos".

"E (pedem) a EUA e Coreia do Sul que deixem de realizar manobras militares conjuntas em grande escala", afirmaram as duas potências na nota, na qual expressaram rejeição ao uso da força e defenderam o princípio de "coexistência pacífica".

Moscou e Pequim manifestaram sua "profunda preocupação com o anúncio da Coreia do Norte de 4 de julho sobre o lançamento de um míssil balístico", que consideram um fato "inadmissível", já que contradiz as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

"As partes pedem reiteradamente à Coreia do Norte para que cumpra de maneira estrita as cláusulas incluídas nas citadas resoluções", afirma comunicado.

Além disso, os dois países frisaram que a ativação do escudo antimísseis dos EUA no sudeste da Ásia "representa um grave prejuízo para os interesses de segurança estratégica dos países da região, incluindo Rússia e a China".

"As preocupações da Coreia do Norte devem ser respeitadas. Outros países devem realizar esforços para o reatamento das negociações, criar conjuntamente uma atmosfera de paz e de confiança mútua", disseram.

A Coreia do Norte anunciou nesta terça-feira o lançamento do seu primeiro míssil balístico intercontinental, um marco no programa armamentista do regime comunista, embora a Rússia mantenha a alegação de que o foguete em questão era de alcance médio. 

 Por: Opera Mundi

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