Em nota, o Ministério de Relações Exteriores da Venezuela, repudiou, nesta terça (18), comunicado emitido pelo governo dos Estados Unidos, no qual o presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou impor sanções econômicas à Venezuela, caso o presidente venezuelano mantenha a convocação para a Assembleia Constituinte de 30 de julho.
AFP
No texto, a Venezuela classifica o comunicado como “insólito” e repleto de “pobreza conceitual e moral”. Também acusa os Estados Unidos de estarem cavando “um fosso” nas relações entre os dois países.
Em entrevista coletiva em Caracas, o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Samuel Moncada, anunciou que que seu país fará “uma revisão profunda” das relações com o governo dos EUA. “Não aceitaremos humilhações de ninguém", disse.
“O governo dos Estados Unidos mostra, sem pudor, sua parcialização absoluta com os setores violentos e extremistas da política venezuelana, partidários do uso do terrorismo para derrocar a um governo popular e democrático”, diz a nota venezuelana, lida pelo chanceler
De acordo com o texto, “a ruína moral” da oposição venezuelana tem levado o Trump a cometer “uma agressão aberta contra um país latino-americano”.
Desafiando as ameaças norte-americanas, o Ministério de Relações Exteriores reafirmou a convocação da Constituinte, alegando que se trata de algo prevista na Carta Magna do país. “É um ato de soberania política da República, nada nem ninguém poderá detê-lo”, afirma a nota.
A Venezuela ainda convoca os povos de todo o mundo a “entender a magnitude da brutal ameaça contida neste comunicado imperial e a defender a soberania, a autodeterminação e a independência, princípios fundamentais do direito internacional”. Confira abaixo a íntegra:
Em entrevista coletiva em Caracas, o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Samuel Moncada, anunciou que que seu país fará “uma revisão profunda” das relações com o governo dos EUA. “Não aceitaremos humilhações de ninguém", disse.
“O governo dos Estados Unidos mostra, sem pudor, sua parcialização absoluta com os setores violentos e extremistas da política venezuelana, partidários do uso do terrorismo para derrocar a um governo popular e democrático”, diz a nota venezuelana, lida pelo chanceler
De acordo com o texto, “a ruína moral” da oposição venezuelana tem levado o Trump a cometer “uma agressão aberta contra um país latino-americano”.
Desafiando as ameaças norte-americanas, o Ministério de Relações Exteriores reafirmou a convocação da Constituinte, alegando que se trata de algo prevista na Carta Magna do país. “É um ato de soberania política da República, nada nem ninguém poderá detê-lo”, afirma a nota.
A Venezuela ainda convoca os povos de todo o mundo a “entender a magnitude da brutal ameaça contida neste comunicado imperial e a defender a soberania, a autodeterminação e a independência, princípios fundamentais do direito internacional”. Confira abaixo a íntegra:
COMUNICADO
REPUDIO AO ERRÁTICO COMUNICADO EMITIDO PELO GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS CONTRA A PÁTRIA DE BOLÍVAR
A República Bolivariana da Venezuela repudia o insólito comunicado publicado pela Casa Branca, ontem dia 17/07/2017.
Trata-se de um documento nunca visto antes, que por seu baixo nível e péssima qualidade, dificulta a compreensão intelectual das intenções do país agressor. Obviamente, o governo dos Estados Unidos está acostumado a humilhar a outras nações em suas relações internacionais e acredita que vai receber como resposta a subordinação a que está habituado. O fosso que o governo dos Estados Unidos está cavando em suas relações com a Venezuela dificulta uma racional predição de suas ações para toda a comunidade internacional.
O governo dos Estados Unidos mostra, sem pudor, sua parcialização absoluta com os setores violentos e extremistas da política venezuelana, partidários do uso do terrorismo para derrocar a um governo popular e democrático.
A ruína moral da oposição venezuelana tem arrastado ao Presidente Trump a cometer uma agressão aberta contra um país latino-americano. Não sabemos quem pôde ter redigido, nem muito menos autorizado, um comunicado de tanta pobreza conceitual e moral.
O magro véu democrático da oposição venezuelana tem caído, e revela a força brutal intervencionista do governo americano, o qual esteve detrás da violência sofrida pelo povo venezuelano nos últimos quatro meses. Não é a primeira vez que denunciamos e confrontamos ameaças tão desatinadas como as contidas neste insólito documento.
Fazemos um chamado aos povos da América Latina e do Caribe, e aos povos livres do mundo, a entender a magnitude da brutal ameaça contida neste comunicado imperial e a defender a soberania, a autodeterminação e a independência, princípios fundamentais do direito internacional.
O poder constituinte originário está contemplado em nossa Carta Magna e só compete ao povo venezuelano. A Assembleia Nacional Constituinte será eleita pelo voto direto, universal e secreto de todas as venezuelanas e todos os venezuelanos, sob a autoridade do Conselho Nacional Eleitoral como o contempla nosso ordenamento jurídico. É um ato de soberania política da República, nada nem ninguém poderá detê-la. A Constituinte Vai!
Hoje o povo venezuelano é livre e responderá unido ante a insolente ameaça exposta por um império xenófobo e racista. O pensamento anti-imperialista do Libertador se encontra mais vigente que nunca:
"Os Estados Unidos parecem destinados pela providência
a infestar a América de miséria em nome da liberdade"
Simón Bolívar
Caracas, 18 de Julho de 2017
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