Ángel Guerra Cabrera: Líbia, projeto piloto da Otan
Bandeira da Líbia
Durante a investida contra Kadafi, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aplica um projeto piloto que lhe permite intervir onde quer que lhe convenha sob o pretexto de proteger a todos os civis.
O projeto consiste em alegar que um grupo no país em questão está sendo atacado por um ditador e, recorrendo a grosseiras manipulações, superdimensionar o fato na mídia. Esta se encarrega de criar uma imagem fantasiosa do primeiro fato (rapidamente superado, se necessário, como fizeram com o movimento juvenil de Benghazi, pelo mercenário Conselho Nacional de Transição) e de demonizar o vilão do momento, embora tenha sido um "amigo" até alguns dias antes (no caso de kadafi).
Na Líbia, como já ocorreu no Afeganistão e Iraque, a Otan não vai levar nenhuma democracia – nem sequer a meramente representativa e questionada pelos povos rebeldes – não vai haver um minuto de paz durante muito tempo. Os imperialistas agressores da Líbia odeiam a democracia real, verdadeira, como solução de governo para o povo. Cegos pela arrogância colonial, não conseguem tratá-los de outra forma, senão como subordinados e atrasados povos “de cor”. A democracia que querem para nossos povos é a sua submissão ao ganhador de uma acirrada disputa pelo controle territorial da energia, água, ouro, outros minerais estratégicos e sobre os alimentos.
26 de Agosto de 2011 - 15h46
Editado por Dedé Rodrigues.
Fonte: La Jornada
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