A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin de abrir inquérito para investigar 108 pessoas citadas em delações da Odebrecht ocupou o noticiário dos grandes meios de comunicação desde a terça-feira (11). Na opinião de Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, este fato é relevante, no entanto, ele afirma que a cobertura da imprensa viola a presunção da inocência e que a partidarização da mídia distorce o direito à informação.
Altamiro Borges
“Acho que esse é um dos problemas da mídia brasileira, como é muito partidarizada evita informar a população de forma ponderada. Então fica essa criminalização da política e isso acaba confundindo a sociedade. A fase de inquérito abre um processo de investigação. Ninguém é culpado. A Constituição prevê a presunção da inocência. O que a mídia faz é a presunção da culpa. A pessoa já é culpada”, analisou Altamiro.
Ele também observou uma certa perplexidade da mídia diante da “lista que dispara tiro para todos os lados”. “A mídia, tanto a Globo quanto o site da Veja, estão neste momento, até agora, meio perplexos porque a lista do Fachin bateu muito duro no governo Temer”.
São nove os ministros de Michel Temer citados na lista, entre eles, Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil; Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência da República; Blairo Maggi (PP), da Agricultura; Bruno Araújo (PSDB), das Cidades e Roberto Freire (PPS), da Cultura;
“As delações pegam os tucanos de alta plumagem”, disse Miro. José Serra e Aloysio Nunes estão entre os mais citados nas delações. “Os primeiros movimentos da imprensa foi agora não dá para dizer que a corrupção foi inventada pelo PT em 2002. O discurso de que o PT inventou a corrupção foi pras cucuias. De que todo tucano estava livre foi pras cucuias”, completou.
Miro afirmou ainda que teve acesso a parte do relatório do ministro Fachin e considera algumas das denúncias como frágeis. “Outras são muito graves. No caso do Aécio é muito grave. Se a mídia não fosse partidarizada ela focaria no Aécio. São cinco inquéritos contra o Aécio. Se não houvesse seletividade da mídia quem estaria na manchete era o Aécio, o governo Temer”.
Altamiro ressaltou que a perplexidade da grande mídia tem prazo limitado. “A tendência é que em poucos dias [a mídia] volte a ser mais seletiva. Vai esconder o que lhe interessa, vai deixar de citar o Temer, vai aliviar a barra dos tucanos e vai concentrar as denúncias nas forças de esquerda”.
Ele também observou uma certa perplexidade da mídia diante da “lista que dispara tiro para todos os lados”. “A mídia, tanto a Globo quanto o site da Veja, estão neste momento, até agora, meio perplexos porque a lista do Fachin bateu muito duro no governo Temer”.
São nove os ministros de Michel Temer citados na lista, entre eles, Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil; Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência da República; Blairo Maggi (PP), da Agricultura; Bruno Araújo (PSDB), das Cidades e Roberto Freire (PPS), da Cultura;
“As delações pegam os tucanos de alta plumagem”, disse Miro. José Serra e Aloysio Nunes estão entre os mais citados nas delações. “Os primeiros movimentos da imprensa foi agora não dá para dizer que a corrupção foi inventada pelo PT em 2002. O discurso de que o PT inventou a corrupção foi pras cucuias. De que todo tucano estava livre foi pras cucuias”, completou.
Miro afirmou ainda que teve acesso a parte do relatório do ministro Fachin e considera algumas das denúncias como frágeis. “Outras são muito graves. No caso do Aécio é muito grave. Se a mídia não fosse partidarizada ela focaria no Aécio. São cinco inquéritos contra o Aécio. Se não houvesse seletividade da mídia quem estaria na manchete era o Aécio, o governo Temer”.
Altamiro ressaltou que a perplexidade da grande mídia tem prazo limitado. “A tendência é que em poucos dias [a mídia] volte a ser mais seletiva. Vai esconder o que lhe interessa, vai deixar de citar o Temer, vai aliviar a barra dos tucanos e vai concentrar as denúncias nas forças de esquerda”.
Do Portal Vermelho
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