O programa do governo de Michel Temer de reformar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Previdência Social unificou os movimentos sindicais brasileiros que prosseguem nesta sexta-feira (10) com a agenda unitária de resistência á política de retirada de direitos do governo federal. As entidades e movimentos buscam fortalecer os protestos às vésperas da entrada em vigor da reforma trabalhista, aprovada no Senado e sancionada por Temer.
Paralisações, atos, caminhadas, protestos, assembleia em locais de trabalho e em locais públicos denunciam os prejuízos trazidos por Temer aos trabalhadores e à população. Pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela CUT e Vox Populli aponta que 81% da população entrevistada reprova a reforma trabalhista. A grande maioria também afirma que a reforma "é boa apenas para os patrões".
Em colaboração para o Especial Reforma Trabalhista do Portal Vermelho, o dirigente da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, confirmou que a reforma privilegia o patronato. Todas as centrais enviaram artigos sobre os impactos da reforma trabalhista nas relações de trabalho e como o movimento sindical pode se opor a esse cenário.
Na opinião de Adilson Araújo, presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) a resistência é o fio condutor da luta do movimento sindical. "Todos e todas são chamados a ocupar as ruas no próximo dia 10 de novembro e fortalecer o Dia Nacional de Mobilizações, greves e paralisações convocado pelas centrais sindicais contra a mais feroz ofensiva do capital contra o trabalho na história brasileira".
"Só tem uma saída: resistir, lutar pela anulação da reforma, ocupar as ruas, denunciar as barbaridades contidas na lei, se organizar nos locais de trabalho, procurador o seu sindicato e agir coletivamente. Sozinhos somos fracos, juntos somos fortes", declarou Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
O presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores, José Calixto, divulgou um vídeo convocando os trabalhadores a mostrarem a sua revolta e a indignação nesta sexta com as medidas do governo Temer. União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) também fortalecem os protestos. Em diversos estados, integrantes da Justiça do Trabalho engrossam os atos.
Confira algumas das principais manifestações unificadas em 2017 contra as medidas de Michel Temer:
Ato dia 15 de março contra a reforma da Previdência
rodoviária de Brasília parada em pleno horário comercial
Ocupa Brasília em maio, Marcha da Classe Trabalhadora
Ato Brasil Metalúrgico contra as reformas no dia 14 de setembro
Brasil Metalúrgico plenária em 29 de setembro contra reforma trabalhista
Do Portal Vermelho
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