O anúncio feito pelo presidente Barack Obama, dos EUA, de retirar até o final do ano 10 mil soldados de suas tropas no Afeganistão, e mais 23 mil até setembro de 2012, tem um sentido contraditório.
Sua decisão tem um cheiro de derrota disfarçado pelo único “troféu” dessa guerra que o governo de Washington pode exibir, o cadáver do dirigente da Al Qaeda, Osama Bin Laden, uma vez que o outro objetivo da invasão do país, derrotar o Talibã, não foi alcançado e este grupo religioso continua controlando 75% do território afegão.
A perda mais significativa, entretanto, é a representada pelo sacrifício de vidas humanas. O número de mortos afegãos é incontável, dizem os especialistas, mas sua dimensão é indicada por alguns números parciais. Só entre 2009 e 2010 morreram 5.691 afegãos, na maioria civis. E há quem calcule que uma média de seis pessoas são mortas por dia.
Para os padrões norte-americanos, por outro lado, as perdas são arrasadoras. Em dez anos de agressão, as tropas invasoras perderam 1.500 soldados, e tiveram 12 mil feridos.
Editorial. Portal Vemelho
Editado por Dedé Rodrigues.
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