A ocupação do Afeganistão custa hoje ao contribuinte americano US$ 2 bilhões por semana, segundo cálculos do Departamento de Defesa revelados nesta segunda-feira (6).
O valor foi revelado em um artigo publicado na edição digital do The New York Times, sobre o estudo que o governo do país faz para reduzir a presença de suas tropas no país asiático.A ocupação representa uma hemorragia econômica e para os estrategistas da nova equipe de segurança nacional do presidente Barack Obama é preciso uma mudança para reduzir os custos.
Além disso, estima-se que as condições variaram após a execução de Osama bin Laden no Paquistão, por um comando especial das tropas do Pentágono, em 2 de maio.
Os especialistas avaliam agora aumentar o ritmo de retorno das forças estacionadas em território afegão, que no início estava prevista para três a cinco mil soldados, porém não existe uma quantidade pré-determinada, assinala o diário.
Ao mesmo tempo, a ideia se contrapõe à do ex-secretário de Defesa Robert Gates, cuja equipe considera reduzir de forma gradativa os efetivos militares, para manter a capacidade ofensiva dos militares americanos no máximo possível.
De acordo com Gates, uma retirada muito rápida dos militares coloca em risco as "conquistas" obtidas pela coalizão encabeçada pelos Estados Unidos nos últimos 18 meses, depois que Obama enviou para o país um contigente de reforço de mais de 30 mil militares.
No entanto, segundo o Times, "uma forte redução de tropas é uma das muitas opções que Obama está considerando" e o mais provável é que o mandatário faça um discurso sobre esse tema neste mês.
O senador Dick Durbin, o número dois do Partido Democrata no Senado, havia declarado antes que é necessário acabar com essa guerra "rápido".
"Temos de deixar o Afeganistão nas mãos dos próprios afegãos, não podemos ser a polícia do mundo, em algum momento teremos de voltar para casa", manifestou o congressista, ao revelar o espírito que predomina na casa e que deverá aumentar à medida que as eleições presidenciais de 2012 forem se aproximando.
Por seu lado, o Conselho de Segurança Nacional convocou sua reunião mensal sobre o Afeganistão e Paquistão para esta segunda-feira (6), em que essas questões poderão ser discutidas.
Os Estados Unidos mantêm em solo afegão cerca de 100 mil soldados, dos quais 90 mil são parte da força internacional denominada ISAF, dirigida pela Otan, que comanda um total de 132.400 militares.
Os outros 10 mil militares americanos do Pentágono agem de forma bilateral em operações da chamada "luta contra o terrorismo".
Fonte: Agência Brasil
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