domingo, 5 de junho de 2011

Tempos difíceis em Portugal; direita vence eleição

Mergulhado em profunda crise econômica e social Portugal foi às urnas neste domingo (5). Com elevado índice de abstenção (45%), o pleito deu a vitória ao Partido Social Democrata (PSD), de direita. O PSD alcançou 38,8% dos votos, elegendo 105 deputados de um total de 230. A expectativa do partido é uma aliança com o também direitista CDS-PP (11,7%, 24 deputados), o que daria maioria absoluta no parlamento aos setores mais reacionários do país.




O grande derrotado foi o Partido Socialista (PS), do ex-primeiro-ministro José Sócrates, que ao se concretizar o fracasso do seu partido, pediu demissão do cargo de secretário-geral. “Não me escondo atrás das circunstâncias. Esta derrota é minha e é chegado o momento de abrir um novo ciclo político no PS”, disse Sócrates.


Por seu turno, o secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) Jerónimo de Sousa, salientou que "as centenas de milhares de eleitores que apresentaram confiança" na CDU (Coligação Democrática Unitária, aliança do PCP com o Partido Verde) serão importantes para poder vencer a mentira e dissimulação daqueles que nunca revelaram o seu verdadeiro programa nem intenções politicas".

"O pacto com o FMI e o BCE é uma verdadeira declaração de guerra aos interesses dos trabalhadores e do povo", afirmou Jerónimo, para acrescentar: "Os votos agora obtidos pelo PSD e CDS, mas também pelo PS, não podem ser invocados para legitimar um programa de ingerência externa que mantiveram escondido".

Dizendo que "são tempos difícieis os que esperam os trabalhadores e o país", Jerónimo disse que "o resultado da CDU (7,9%, elegendo 16 deputados) dá alento, confiança e determinação” para lutar contra as medidas da direita.

Enquanto isso, o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã admitiu a derrota de sua agremiação que obteve 5,2 por cento dos votos, recuando 4,64 pontos percentuais em relação ao anterior pleito e elegendo 8 deputados. "Este recuo é uma derrota. Mas aprende-se sempre mais com as derrotas. Vamos continuar a lutar para proteger os salários e as pensões. Não estamos vencidos", salientou.

Da redação, com agências

Editado por Dedé Rodrigues

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