O ex-ativista italiano Cesare Battisti foi libertado na madrugada desta quinta-feira (9). Após deixar o presídio da Papuda, em Brasília, Battisti entrou em um carro, acenou para a imprensa e seguiu para um hotel sem dar entrevistas.
Na noite de quarta-feira (8), o STF (Supremo Tribunal Federal) confirmou a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e determinou a soltura do italiano, que está preso no Brasil desde 2007.Por 6 votos a 3, o Supremo ratificou o entendimento de que a decisão de Lula não pode ser contestada por um governo estrangeiro, o que implicaria em uma ameaça à soberania nacional. A Itália insistia na anulação da decisão de Lula, para que Battisti fosse enviado ao seu país de origem, onde é condenado à prisão perpétua.
O advogado de Battisti disse ainda que celebra a decisão, que, segundo ele, mostra a soberania do Brasil. Ele repetiu que Battisti foi vítima de uma campanha da Itália contra ele, reafirmando que o ex-ativista não participou dos crimes pelos quais foi acusado na Justiça italiana.
"Manifestamos nossa solidariedade às vítimas da guerra suja na Itália e gostaríamos de dizer que a violência nunca é boa. Reafirmamos a posição de Cesare de que não participou desses atos", afirmou.
Sobre Battisti não ter um passaporte para fazer o pedido de visto, Barroso afirmou que há “procedimentos para casos excepcionais”.
Votaram a favor do italiano os ministros Luis Fux, Carmen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Ayres Britto e Marco Aurélio Mello. Já pela extradição votaram o relator, Gilmar Mendes, e os ministros Ellen Gracie e Cezar Peluso.
Com informações do R7
Editado por Dedé Rodrigues.
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