Por Dedé Rodrigues
Frequentemente a gente ouve frases ditas por pessoas comuns e
também por falsas lideranças políticas, viciadas e corrompidas que negociam o
voto como se fosse uma mera mercadoria. "Todo político é igual", "só voto em deputado se me der dinheiro" etc. Estas pessoas são parte de um sistema
eleitoral corrompido financiado pela iniciativa privada no regime capitalista. O
empresário empresta o dinheiro nas eleições ao político corrompido, que compra e
corrompe o eleitor, reforçando todo um esquema prejudicial a nossa democracia. Depois
o empresário recebe este dinheiro com juros e correções monetárias decorrente
do superfaturamento de obras e desvios de verbas públicas causando um prejuízo terrível
a toda população e ao desenvolvimento do município, do Estado e do país. Quem
paga o pato? Todos nós. Qual é a solução? Começa com a reforma política proposta por Dilma.
Parte da solução está numa reforma política democrática que
é batizada hoje como a mãe de todas as outras reformas necessárias como: a tributária,
a da mídia, a agrária, a educacional, a da saúde, a urbana etc. Por isso torna-se
urgente uma tomada de consciência do eleitor para no dia 05 de outubro votar do
deputado estadual ao presidente ou presidenta da República que estejam
comprometidos de fato com esta reforma que será encaminhada como projeto de iniciativa
popular ao congresso nacional e que está em plena campanha de coleta de assinaturas
hoje no Brasil. É necessário, portanto entender como evoluiu e está evoluindo esta
luta democrática no mundo atual. Que tipo democracia temos e que tipo democracia
a gente quer para o Brasil? O seu voto é
a sua grande arma para concretizar isto.
Para entender historicamente este processo vamos voltar no
tempo para o absolutismo, cujo regime, era uma organização política na qual o
soberano ou o Rei concentrava todos os poderes do Estado em suas mãos. Com a
evolução política, só votavam os que possuíam
muita renda, o povo continuava de fora. Observem que desde aquela época a elite,
ao contrário do povo que vende o voto, sempre soube valorizar o direito de votar.
Com o tempo os
trabalhadores e a própria burguesia começaram a se organizarem em sindicatos e
partidos políticos para fazer frente aos seus interesses e a exploração capitalista
e descobriram também a importância da política, dos partidos políticos e do
voto. Mesmo assim, com interesses diferentes, camponeses
e burgueses se aliaram contra o Rei e criaram o Estado Liberal, ou o
Liberalismo, no século XVIII, por meio de revoluções como a inglesa, a francesa
e a norte americana. A ideia de que o indivíduo possui direitos naturais e
inalienáveis, tais como o direito a se expressar publicamente, o direito à
liberdade religiosa e o direito natural, à propriedade e aos bens materiais
contribuíram decisivamente para a concretização destas revoluções. O problema é que na prática o liberalismo, dar
suporte ao capitalismo e deixou a igualdade social da Revolução Francesa só no
papel e valorizou o mercado em detrimento do Estado. Neste sistema a liberdade
e a igualdade são conquistas especialmente para os ricos.
As insuficiências da democracia liberal levou os trabalhadores
a construírem outro tipo de democracia, a democracia Socialista, na qual espera-se que num estágio
avançado na construção do comunismo, os
meios de produção sejam de propriedade
da sociedade e gerenciados pelo Estado. Cada pessoa receberia de acordo com a
sua capacidade e a sua necessidade. No Estado Socialista, onde existe hoje, em Cuba,
China, Vietnã etc. Tem uma democracia diferente da nossa, nela o povo
trabalhador, o proletariado é quem manda e a burguesia, ou seja, os ricos não
mandam como aqui. Nesta democracia, também o voto e a participação de todos na
vida política da sociedade são de fundamental importância. Nas eleições o
trabalhador não é tratado como uma mercadoria e os candidatos não compram votos
como aqui. Lá se vota pela história, pelos projetos e pelo esforço do candidato
em ajudar ao coletivo. No Brasil precisamos também votar por estes motivos.
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