Luciano Siqueira *
Estávamos nos estertores do regime militar e se multiplicavam os debates em toda parte sobre temas da atualidade, aos quais nós do PCdoB comparecíamos com entusiasmo. Afinal, enfim se podia discutir os destinos do País e também o direito de existência legal dos partidos então proscritos.
Num desses debates, no Sindicato dos Professores, em Natal, à mesa eu e um militante de uma das
Algo parecido faz a candidata da Rede, alojada temporariamente no PSB, Marina Silva, para quem a crítica ao seu programa de governo se confunde com ataque pessoal (sic). ” – Estou sendo agredida e não vou responder”, diz, na tentativa de fugir ao confronte de ideias.
Ora, a candidata não se fez de rogada ao acenar ao “mercado” (oligarquia financeira e segmentos mais conservadores da elite dominante) com compromissos tão nefastos como “assegurar o mais rapidamente possível a independência do Banco Central, de forma institucional”, ou seja, conferir ao Banco Central superpoderes a serem exercidos por gente recrutada nas altas finanças; reduzir o peso relativo dos bancos públicos e fomentar um maior papel dos
Exibindo propostas dessa natureza, pode alguém se imaginar numa redoma, a salvo de qualquer discussão, especialmente uma postulante ao governo da Nação?
Dilma, por seu turno, tem ido ao confronto desnudando a verdadeira essência do que defende a candidata da Rede, fazendo o contraponto com o projeto nacional de desenvolvimento que vem sendo construído desde os governos Lula e em seu atual governo.
Desse debate brota o esclarecimento do eleitor, que pode assim fazer sua escolha com mais consciência e cumprir a misão que lhe cabe acerca do presente e do futuro do País.
* Médico, vice-prefeito do Recife, membro do Comitê Central do PCdoB
Nenhum comentário:
Postar um comentário