Milhares de trabalhadores, desempregados, jovens e aposentados saíram nesta quinta-feira (12) pelas ruas das principais cidades da Grécia para se manifestar contra as novas medidas exigidas pelos credores, e que serão condicionadas ao terceiro empréstimo concedido ao país.
Manifestação do Pame no centro de Atenas
As marchas foram convocadas pelas principais organizações sindicais no marco da jornada de greve geral na Grécia, como protesto contra a aceitação, por parte do governo, das duras diretivas neoliberais impostas por Bruxelas.
O GSEE e o Adedy, que representam a maioria dos trabalhadores no setor privado e na administração pública, respectivamente, avaliaram a participação na greve como "desigual", destacando a alta participação dos empregados públicos, sendo menor a dos do setor privado.
Por sua vez, o sindicato comunista Pame convocou marchas em 60 cidades do país, sendo a mais numerosa manifestação celebrada em Atenas, onde mais de 5 mil seguidores percorreram as ruas do centro com brados contra os cortes nos fundos de pensão e o aumento dos impostos.
A participação nas duas principais cidades do país, segundo a polícia, foi de cerca de 20 mil pessoas em Atenas e uma 10 mil em Tessalônica, sendo registradas em ambas as manifestações enfrentamentos corriqueiros entre unidades antimotins e jovens, que teriam lançado pedras e bombas nos policiais.
Vários manifestantes disseram à Prensa Latina seu repúdio ao fato de que o principal partido do governo, o Syriza, tenha também convocado seus seguidores a participar das marchas, como uma tentativa de limpar a barra do partido e colar somente nas costas dos credores as políticas impopulares que o executivo trata de aplicar.
Uma militante da base do Syriza chamada Corinna, explicou ao enviado da Prensa Latina que "ainda existe gente dentro do partido que não quer acordo nem memorando e, da mesma forma que aconteceu anteriormente, o atual tampouco vai funcionar.
Fonte: Prensa Latina
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