Realiza-se neste final de semana a 9ª reunião plenária do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil. A direção comunista analisa ampla pauta política sobre temas da conjuntura nacional e internacional, bem como as tarefas da construção partidária e o plano eleitoral para 2012. Na ocasião o presidente do partido, Renato Rabelo, apresentou um informe de abertura, cuja íntegra publicamos.
Intervenção de Renato Rabelo na 9ª. reunião do Comitê Central do PCdoB
Crise oferece oportunidade de persistir na queda dos juros e de enfrentar a regulamentação da mídia
A grande crise mundial do capitalismo que, neste momento, se espalha pelo mundo e se agrava na Europa também atinge a economia brasileira. Contudo, contraditoriamente, essa crise descortina oportunidades para o Brasil superar duas barreiras que freiam o desenvolvimento e a construção da democracia: a política macroeconômica balizada em juros altos e defensiva fiscal constante e o cerceamento do direito da sociedade à informação – direito este sufocado pelos oligopólios que controlam os veículos e o sistema de comunicação. Romper obstáculo s para acelerar o desenvolvimento nacional é o desafio inadiável do governo Dilma Rousseff quando ele completa seu primeiro ano.
É preciso aproveitar a oportunidade para avançarA crise desmascara o receituário neoliberal, provoca tensões e divisões no campo das classes dominantes, fomenta a coesão do campo político democrático e popular progressista em torno da defesa do país; isso tudo conjugado, cria uma oportunidade histórica rara para que o governo Dilma se lance à superação de dois obstáculos que lhe são vitais:
1) romper o cerco de ferro imposta pelos círculos dominantes financeiros do rentismo que são contrários às linhas de defesa traçadas pelo governo para enfrentar a crise mundial. Principalmente, eles se opõem à redução dos juros, à adoção de uma política cambial que proteja a indústria nacional, e exigem forte arrocho fiscal como medida principal. Muito ao contrário, a queda da taxa de juros tem quer ser mais forte, restrição à taxa de juros bancários, maior investimento, câmbio adequado ao fortalecimento e modernização da indústria, e o mercado interno precisa ser ampliado e fortalecido;
2) barrar o bombardeio cerrado e contínuo contra o governo, desferido pelos monopólios que controlam os meios de comunicação. O resultado é o governo na defensiva, constrangido a obedecer à pauta política e aos vereditos arbitrários “lavrados” pelos grandes veículos de comunicação que atuam como tribunais de exceção. Impõe-se garantir o direito constitucional da sociedade à informação e à comunicação, com a regulamentação e democratização desse setor e outras iniciativas.
Para ler na íntegra. http://www.portalvermelho.com.br/.
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