O 25º Congresso dos Professores da Educação Oficial do Estado de São Paulo acontece nesta semana no município de Serra Negra. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva foi convidado de honra do ato de abertura do evento, nesta quarta-feira (23).
Ricardo Stukert
Os docentes realizam seu evento em clima de luta e resistência. Não poderia ser diferente, já que a pauta imposta pela realidade e pelo atual governo são temas como Escola sem Partido, reformas do ensino médio e da Previdência e ataque aos direitos trabalhistas.
Nesta quarta (23), no auditório municipal que recebe o encontro, foi realizado um ato político. Os cerca de mil professores presentes ouviram de líderes de partidos políticos, sindicatos e associações um discurso pela unidade dos campos populares na política nacional. Como há muito não se via. Do PCO (Partido da Causa Operária) ao PT, passando por PCB, MST, PSOL, CUT, MTST e UNE. Toda a união é necessária quando é preciso resistir.
Foi apenas em um momento do Congresso nesta quarta-feira que a união se desfez. Quando Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao auditório, os professores levantaram já empurrando suas cadeiras, às centenas, celulares à mão, para uma foto, uma olhadinha, quem sabe um abraço no Lula? Foram necessários muitos pedidos ao microfone e alguns minutos de paciência enquanto o ex-presidente cumprimentava o maior número de professores que lhe fosse permitido, posando para tantos pedidos de fotos quanto pudesse.
O ato seguiu. O líder do PCO falou: “Tivemos que aprender da pior maneira. Muitos companheiros, até entender em qual luta estamos inseridos, aplaudiram perseguições pretensamente em nome da corrupção, mas que terminaram levando ao poder um governo que não para de atacar os direitos dos trabalhadores”. Gilmar Mauro, representante do MST disse: “Quando tentaram invadir a nossa escola (Florestan Fernandes), nós resistimos juntos. A Bebel (presidente da Apeoesp, sindicato dos docentes) foi lá, resistir junto. O ex-presidente Lula foi lá, resistir conosco. E hoje estamos todos aqui. Porque só unidos podemos enfrentar este governo golpista”. A Bebel falou: “Nós não engolimos o golpe! E não vamos engolir, porque se nos resignarmos, aí começamos a ter que aceitar tudo, aí vamos engolir muito mais”.
Chegou a vez do Lula falar e ele falou. Foi interrompido por gritos e aplausos em cinco oportunidades. “Quando eu estava na Presidência, fizemos uma pesquisa de opinião que trouxe uma única unanimidade: de que é preciso que se estabeleça no país uma educação pública, universal e de qualidade”, disse. “Mas, na pergunta seguinte do questionário, se as pessoas acreditavam ser possível criar uma educação pública como se queria, a maioria respondia que não. A gente sonhava, mas não acreditava no próprio sonho”.
O ex-presidente, então, ressaltou que é normal que seja assim. Afinal, enquanto nos países vizinhos da América Latina, a preocupação com o ensino e o ensino universitário nasceu junto com a própria criação dessas nações, aqui no Brasil nossa primeira universidade foi criada 422 anos depois do descobrimento do Brasil. Até lá, “filho da elite ia estudar na Europa, e o resto não estudava”, disse Lula.
Lula lembrou, na sequência, de como seu governo foi um marco para o ensino público universitário e técnico, os dois cuja implantação e administração competem ao ente federal no país. Lembrou que, em 13 anos de governos de Lula e Dilma, foram criadas 282 escolas técnicas federais, três vezes mais do que já havia sido feito em toda a história do Brasil. Que foram criadas 18 novas universidades federais. Que mais de um milhão de alunos tiveram acesso a bolsas integrais e parciais de estudos do Programa Universidade para Todos (Prouni).
O processo de democratização do ensino, porém, foi interrompido. “É que tudo isso incomoda. Parte da elite deste país não gosta de dividir o que é público com os mais pobres. Por isso é que deram um golpe. Deram um golpe sabendo que estavam construindo uma mentira, que depois foi aceita pela Câmara e pelo Senado. Porque estavam cumprindo uma missão para a elite brasileira. Se aproveitando de um momento difícil do governo, de baixa popularidade na opinião pública, fizeram um serviço a mando das elites. Mas de uma coisa eu tenho certeza: tiraram a Dilma de lá, não pelas coisas ruins feitas no no governo dela. Mas sim pelas coisas boas.”
Por fim, Lula falou sobre o processo de perseguição jurídica de que é alvo atualmente, e que é parte da mesma mobilização de interesses que levaram ao golpe contra Dilma Rousseff. “Alguns jovens da Polícia Federal produzem mentiras para que meios de comunicação as transmitam. Depois, jovens procuradores do Ministério Público Federal se utilizam dessas montagens para construir mais mentiras. Então, apresentam uma denúncia falsa ao juiz [Sérgio] Moro, que ajuda os procuradores a montar melhor suas teses. Mas eu não tenho medo. Já estou processando o Moro e um delegado da PF. Não vou sair do país, nunca vou me exilar. Um dia, quem vai querer se exilar desse país é quem está contando todas essas mentiras sobre mim.”
Nesta quarta (23), no auditório municipal que recebe o encontro, foi realizado um ato político. Os cerca de mil professores presentes ouviram de líderes de partidos políticos, sindicatos e associações um discurso pela unidade dos campos populares na política nacional. Como há muito não se via. Do PCO (Partido da Causa Operária) ao PT, passando por PCB, MST, PSOL, CUT, MTST e UNE. Toda a união é necessária quando é preciso resistir.
Foi apenas em um momento do Congresso nesta quarta-feira que a união se desfez. Quando Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao auditório, os professores levantaram já empurrando suas cadeiras, às centenas, celulares à mão, para uma foto, uma olhadinha, quem sabe um abraço no Lula? Foram necessários muitos pedidos ao microfone e alguns minutos de paciência enquanto o ex-presidente cumprimentava o maior número de professores que lhe fosse permitido, posando para tantos pedidos de fotos quanto pudesse.
O ato seguiu. O líder do PCO falou: “Tivemos que aprender da pior maneira. Muitos companheiros, até entender em qual luta estamos inseridos, aplaudiram perseguições pretensamente em nome da corrupção, mas que terminaram levando ao poder um governo que não para de atacar os direitos dos trabalhadores”. Gilmar Mauro, representante do MST disse: “Quando tentaram invadir a nossa escola (Florestan Fernandes), nós resistimos juntos. A Bebel (presidente da Apeoesp, sindicato dos docentes) foi lá, resistir junto. O ex-presidente Lula foi lá, resistir conosco. E hoje estamos todos aqui. Porque só unidos podemos enfrentar este governo golpista”. A Bebel falou: “Nós não engolimos o golpe! E não vamos engolir, porque se nos resignarmos, aí começamos a ter que aceitar tudo, aí vamos engolir muito mais”.
Chegou a vez do Lula falar e ele falou. Foi interrompido por gritos e aplausos em cinco oportunidades. “Quando eu estava na Presidência, fizemos uma pesquisa de opinião que trouxe uma única unanimidade: de que é preciso que se estabeleça no país uma educação pública, universal e de qualidade”, disse. “Mas, na pergunta seguinte do questionário, se as pessoas acreditavam ser possível criar uma educação pública como se queria, a maioria respondia que não. A gente sonhava, mas não acreditava no próprio sonho”.
O ex-presidente, então, ressaltou que é normal que seja assim. Afinal, enquanto nos países vizinhos da América Latina, a preocupação com o ensino e o ensino universitário nasceu junto com a própria criação dessas nações, aqui no Brasil nossa primeira universidade foi criada 422 anos depois do descobrimento do Brasil. Até lá, “filho da elite ia estudar na Europa, e o resto não estudava”, disse Lula.
Lula lembrou, na sequência, de como seu governo foi um marco para o ensino público universitário e técnico, os dois cuja implantação e administração competem ao ente federal no país. Lembrou que, em 13 anos de governos de Lula e Dilma, foram criadas 282 escolas técnicas federais, três vezes mais do que já havia sido feito em toda a história do Brasil. Que foram criadas 18 novas universidades federais. Que mais de um milhão de alunos tiveram acesso a bolsas integrais e parciais de estudos do Programa Universidade para Todos (Prouni).
O processo de democratização do ensino, porém, foi interrompido. “É que tudo isso incomoda. Parte da elite deste país não gosta de dividir o que é público com os mais pobres. Por isso é que deram um golpe. Deram um golpe sabendo que estavam construindo uma mentira, que depois foi aceita pela Câmara e pelo Senado. Porque estavam cumprindo uma missão para a elite brasileira. Se aproveitando de um momento difícil do governo, de baixa popularidade na opinião pública, fizeram um serviço a mando das elites. Mas de uma coisa eu tenho certeza: tiraram a Dilma de lá, não pelas coisas ruins feitas no no governo dela. Mas sim pelas coisas boas.”
Por fim, Lula falou sobre o processo de perseguição jurídica de que é alvo atualmente, e que é parte da mesma mobilização de interesses que levaram ao golpe contra Dilma Rousseff. “Alguns jovens da Polícia Federal produzem mentiras para que meios de comunicação as transmitam. Depois, jovens procuradores do Ministério Público Federal se utilizam dessas montagens para construir mais mentiras. Então, apresentam uma denúncia falsa ao juiz [Sérgio] Moro, que ajuda os procuradores a montar melhor suas teses. Mas eu não tenho medo. Já estou processando o Moro e um delegado da PF. Não vou sair do país, nunca vou me exilar. Um dia, quem vai querer se exilar desse país é quem está contando todas essas mentiras sobre mim.”
Fonte: www.lula.com.br
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