quarta-feira, 6 de abril de 2011

A GUERRA NA LÍBIA PARECE LONGE DO FIM.

Governo líbio aceita reforma com manutenção de Kadafi

O governo da Líbia indicou nesta terça-feira (5) que está pronto para negociar reformas, mas apenas se o ditador Muamar Kadhafi não for obrigado a deixar o poder, ao mesmo tempo em que o exército do país forçaram os combatentes rebeldes a recuar no porto petroleiro de Brega.

Mussa Ibahim, porta-voz do governo líbio, disse à imprensa em Trípoli que tudo é negociável, com exceção da presidência, já que Kadafi é uma figura de união do país.

"Que tipo de sistema político será implantado no país? Isso é negociável, podemos falar sobre isso", afirmou Ibrahim. "Podemos fazer qualquer coisa, eleições, referendos".

Segundo Ibrahim, Kadafi é uma "válvula de segurança" da unidade entre as tribos e povos do país. "Acreditamos que é muito importante iniciar uma transição para um modelo transparente e democrático", estimou.

Deserção?

Saif al-Islam, filho de Kadafi disse hoje à BBC que o ex-ministro das Relações Exteriores, Mussa Kussa, que aparentemente desertou e fugiu para o Ocidente na semana passada, é apenas "um homem velho e doente" que sucumbiu às pressões psicológicas da guerra.

Saif indicou que Kussa recebeu permissão para deixar o país para buscar tratamento médico. "Sobre Mussa Kussa, ele disse: 'estou em uma lista de pessoas proibidas de viajar, mas estou doente e preciso ir a cada três meses ao hospital Cromwell, em Londres, se eu puder obter a permissão. Quero ir para lá'. Então (...) deixamos que ele fosse a Djerba, na Tunísia, então não há nada contra isto", relatou.

"Estamos sendo bombardeados há duas semanas, imagine a pressão psicológica, e se você está doente e velho, você renuncia. É uma guerra", afirmou Saif.

Novo ministro das Relações Exteriores


O vice-ministro de Assuntos Europeus, Abdelati Obeidi, foi nomeado nesta terça-feira ministro das Relações Exteriores da Líbia, no lugar de Musa Kusa, que se refugiou no Reino Unido, informou uma fonte oficial.

"Abdelati Obeidi é o novo ministro", disse a fonte, recordando que o novo chanceler, ex-primeiro-ministro, já havia sido chanceler anos atrás.

US$ 4 milhões por dia
A agressão na Líbia custa aos Estados Unidos uma média de US$ 4 milhões por dia, um montante que deverá diminuir após a retirada, desde segunda-feira, de aviões de combate no país, informou nesta terça-feira o governo americano.

"Gastamos até agora cerca de US$ 75 milhões na operação", disse na manhã desta terça-feira o comandante da Aeronáutica americana, Michael Donley.


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