domingo, 3 de julho de 2016

NÃO HÁ SALVADORES DE PÁTRIAS!


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 Por Altair Freitas
Anotação mental: Não acredito em "salvadores de pátrias" pois eles não existem. Líderes carismáticos - sim, eles existiram, existem e seguirão existindo por um largo tempo - não são em si salvadores de nada. Expressam projetos políticos de classes, frações de classe ou corporações específicas. Todo "salvador de pátria" utiliza o discurso ideológico ("minhas ideias são válidas para todos") para chegar ao poder e implementar propostas e medidas que beneficiam ACIMA DE TUDO, a classe, fração ou corporação à qual pertence.

Sérgio Moro, Bolsonaro, Barbosa, essa caterva toda que circula por aí nos braços dos incautos, são a triste repetição de um filme velho, gasto, que tem como base a nossa trágica cultura judaico-cristã que incute nas pessoas a vã esperança que um messias qualquer vai nos resgatar e libertar. Um ser acima de tudo e de todos, com moral impecável, incorruptível. Velha balela muito usada ao longo da história para que certos setores e seus líderes chegassem ao poder. Hitler e Mussolini usaram esse instrumento à exaustão, só para citar dois exemplos mais recentes.
Ou encontramos saídas coletivas, projetos políticos compostos para implementar medidas que sirvam de fato aos interesses da esmagadora maioria da população que ganha a vida com o suor do próprio rosto nas fábricas, fazendas, comércios e serviços, ou ficaremos eternamente reféns de pseudos profetas da política o que só faz aumentar a frustração da sociedade.
Um alerta: não existem saídas sem que sejam alteradas as condições, os mecanismos fundamentais do sistema econômico que nos rege. Acreditar ser possível resolver os problemas de uma sociedade que possibilita a alguns acumularem bilhões em suas mãos enquanto a maioria chafurda na miséria, pobreza e exclusão social é tão real quanto curar o câncer sem erradicar o tumor.

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