09/09/2016 13:02
Imagem: Agência Brasil
Por Camilla Torres, Brasília | O governo golpista Temer anunciou jornada de 12 horas diárias para os trabalhadores em geral, o que pode corresponder a 60 ou mais horas semanais. Em relação aos professores públicos, a ideia do governo é impor 60 horas por semana e extinguir, gradativamente, jornadas intermediárias de 20 ou quarenta horas. Na prática, os golpistas querem aumentar o tempo em sala de aula e pagar salário equivalente a, no máximo, quarenta horas. Ou seja, trabalha 60 e recebe quarenta.
Ajuste fiscal e "equilíbrio das contas públicas"
A equipe econômica do governo alega que hoje há despesas altíssimas com pessoal da educação, o que "inviabiliza" financeiramente estados e municípios. "Com uma jornada semanal maior e salários mais realistas para os docentes, prefeitos e governadores poderão respirar melhor", diz um aliado do Planalto na Câmara dos Deputados. Por "salários mais realistas" entenda-se: salários menores.
Temer diz que os trabalhadores em geral entendem que o momento é de sacrifícios, e que os professores são sábios o suficiente para se adaptarem às novas regras laborais.
Os profissionais do magistério já começam, contudo, a se mobilizar em todo o país contra os efeitos nefastos que tais mudanças na legislação trabalhista podem trazer ao setor da educação, sobretudo da educação pública. Temer e os demais golpistas enfrentarão muitas resistências para aplicar suas medidas de mais arrocho à população.
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