Em artigo publicado no Viomundo, o Hêider Pinto, médico sanitarista e ex-coordenou do programa Mais Médicos no governo Dilma Rousseff, afirma que "no Ministério da Saúde o discurso é de “economia”, mas a prática é de desmonte".
Hêider Pinto, médico sanitarista e ex-coordenou do programa Mais Médicos no governo Dilma RousseffO médico enfatiza que as UBS (postos ou centros de saúde) realizam ações capazes de resolver o problema de até oito em cada dez pessoas que o procuram e que a entrada das mais 40 mil unidades em todo o país no Plano Nacional de Banda Larga foi um passo importante para a melhoria do atendimento.
"Ter internet banda larga numa UBS é muito importante para várias ações. Permite implantar modelos de agendamento que reduzem os tempos de espera e atender primeiro as pessoas com maior necessidade (dor, sofrimento, riscos à saúde etc.)", enfatiza.
"E agora como ficam as unidades que já haviam se informatizado ou estavam fazendo, para melhorar a qualidade do atendimento? Terão que abandonar a ideia e retroceder a uma fase pré-internet", destaca.
Ele lembra que em 2013, o ministério disponibilizou na internet um prontuário eletrônico gratuito que ainda pode ser baixado por qualquer município, o eSUS. Em 2014, iniciou-se a primeira etapa de conexão das UBS que previa 14 mil UBS conectadas em até três anos.
O governo Temer anunciou que havia "economizado 384 milhões de reais" do orçamento. "Paradoxalmente, dentre os contratos revistos estava o fornecimento de banda larga para mais de 6 mil UBS que já estavam conectadas e que ficaram sem internet", disse.
E completa: "Na prática, o que se observa são medidas de desmonte do SUS, retrocesso na gestão e piora no acesso à saúde e atendimento das pessoas. Não é mais gestão. É menos gestão, menos recursos e menos SUS".
Do Portal Vermelho, com informações do Viomundo
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