sexta-feira, 21 de novembro de 2014

VOMITAS O TEU RACISMO DO TEU CORPO INFECTADO



Por Dedé Rodrigues

Na semana da Consciência Negra na Escola Arnaldo Alves Cavalcanti em Tabira, os professores de História, Filosofia, Sociologia, Geografia, com o  apoio dos professores das Ciências Exatas ou Naturais,  realizaram uma Mesa Redonda com três palestrantes: Genildo Santana, Filosofia, Marcelo Baiano, História e Joel Mariano sindicalista intitulada A Consciência Negra e o Combate a Todas as Formas de discriminação". Na oportunidade li este verso. 

Onde guardas teu racismo
Esta semente do mal
Que foi plantada e regada
Pelo nosso ancestral?
 Não importa onde tu guardas
Na mente ou no coração,
 Nas palavras, nos teus gestos,
Nas formas de relação...
 É preciso repensar
Os teus atos, meu irmão.


Manifestas teu racismo
Nos feitos cotidianos,
De forma sutil, covarde,
Ou por debaixo dos panos?
Repensas os teus conceitos,
 Pois os negros têm direitos
São também nossos “Hermanos”.

O racismo é uma praga
Que sustenta a opressão
Disseminando mais ódio
De irmão contra irmão.
Racismo é coisa do mal
No contexto social
Que faz mal uma nação.

O racismo é uma herança
Maldita que Portugal
Implantou nesse país
Na era colonial.
Produziram a teoria:
Que gente e mercadoria
Se fosse negra era igual.

Por traz desta teoria
Que nos causou tanto mal
Havia um grande interesse
Do lucro e do capital.
Este racismo infiltrado
No corpo e na nossa mente
Se transformou neste  monstro
Que mora dentro da gente.

Vomitas o teu racismo
Do teu corpo infectado, 
Pois só matando este vírus
Tu podes fica curado.
Por isto se torna urgente
Acabar com o preconceito
Assegurando o direito
De qualquer ser diferente.

Vamos construir o mundo
Da solidariedade
Que tenha a fraternidade
Nas relações do vivente.
Este novo paradigma
Livre de toda opressão
De raça, de cor, de sexo, 
De fronteiras, de nação...
Onde os muros construídos
Sejam enfim destruídos
Pela força da união. 

Neste mundo, meus irmãos!
Não pode haver vaidade,
Pois o amor pelo outro
Vai gerar mais igualdade.
Nesta minha utopia
As cores serão mais belas,
Não haverá nem
sequelas
Da velha sociedade.

Tabira, 11 de novembro de 2011.
Refeito em 21\11\2013 e 19\11\2014.
Dedé Rodrigues.

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