Milhares voltam à Praça Tahir, no Cairo, para barrar os militares
Editado por Dedé Rodrigues.
Milhares de egípcios voltaram à praça Tahir, no Cairo, nesta
terça feira, para exigir o respeito à vontade popular manifestada nas
urnas que, pela primeira vez, elegeu um presidente da República no país,
e para protestar contra o “golpe constitucional” desferido pelos
militares nos últimos dias no país.
A “manifestação do milhão”, convocada pela Irmandade Muçulmana e por várias entidades populares, ocorreu principalmente no Cairo e em Alexandria, a segunda maior cidade do país. E, embora as notícias não sejam conclusivas, a foto da praça Tahir no dia de hoje mostra que ela pode ter conseguido o intento de reunir no protesto esse número recorde de manifestantes.
“Todas as forças revolucionárias têm que deixar claro à Junta Militar que não vamos permitir que tomem o poder. Que rechaçamos a dissolução do Parlamento e que quando Morsi for presidente o Parlamento seguirá funcionando”, disse o porta-voz da Irmandade, Ahmed Rabia. A Irmandade declara que não deseja um confronto com os generais no poder, mas diz que as forças armadas não têm o direito de limitar os poderes presidenciais. "Não buscamos nenhum confronto com ninguém e ninguém no Egito quer confronto", disse Yasser Ali, porta-voz da campanha de Mursi. "Tem que haver diálogo entre as forças nacionais, e só o povo deve decidir seu destino", insistiu ele. "Ninguém no Egito está acima do Estado e da Constituição... Todos devem se curvar à vontade popular".
Fonte: Portal Vermelho.
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