sábado, 21 de junho de 2014

Declaração final do G77: Chega o tempo das nações do Sul

 


“Está chegando o tempo das nações do Sul”, disse o presidente boliviano, Evo Morales, perante mais de uma centena de países que se reuniram em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, nos dias 14 e 15 de junho, para advogarem, entre outros temas, por uma Nova Ordem Econômica Internacional, a qual se torna imprescindível porque, caso contrário, como alertou o presidente boliviano, “não haverá nenhum mundo possível”.

Por Letícia Martinez Hernández e Yaima Puig Meneses, no Granma


A realização desta Cúpula demonstrou a capacidade de convocatória do presidente boliviano Evo Morales, o qual recebeu, durante duas intensas jornadas, o apoio e o reconhecimento da comunidade internacional.  A realização desta Cúpula demonstrou a capacidade de convocatória do presidente boliviano Evo Morales, o qual recebeu, durante duas intensas jornadas, o apoio e o reconhecimento da comunidade internacional.  
“E esse outro mundo de igualdade, de complementaridade, de convívio orgânico com a Mãe Terra só pode surgir das mil línguas, das mil cores, das mil culturas irmanadas de todos os povos do Sul”, considerou o atual presidente do G77 + China.

Sob essa convicção teve lugar essa Cúpula Extraordinária, onde a maioria das delegações teve como centro de suas intervenções três temas fundamentais: a cooperação Sul-Sul, a agenda de desenvolvimento Pos-2015 e a mudança climática.


A realização desta Cúpula demonstrou a capacidade de convocatória do presidente boliviano Evo Morales, o qual recebeu, durante duas intensas jornadas, o apoio e o reconhecimento da comunidade internacional. Foi uma chance para fortalecer, ainda mais, sua liderança, já confirmada na nossa região. O “bom viver” deixou de ser um conceito apenas boliviano. Nesta Cúpula isso se converteu também em um modelo de desenvolvimento que procura, não só o equilíbrio entre os seres humanos, mas também o equilíbrio e a harmonia com a natureza. Tal como o definiu Evo no discurso de inauguração: “significa gerar bem-estar para todos, sem exclusões; significa respeitar a diversidade de economia das nossas sociedades; respeitar os conhecimentos locais, a Mãe Terra e a sua diversidade biológica, que alimentará as gerações futuras”.

A Declaração Final da Cúpula foi mais radical do que as anteriores, marcada pela influência latino-americana e os resultados da 2ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), efetuada em janeiro deste ano em Havana.

O presidente pro tempore do Grupo dos 77 mais a China, Evo Morales, deixou bem claro que cada um dos pontos da Declaração de Santa Cruz foi examinado e teve o consenso de todos os membros, tendo em conta a instauração de uma nova ordem mundial “para viver bem” e um sistema mais justo e democrático que beneficie todos os povos.

Este foi um encontro histórico, onde o claro reconhecimento a defender a unidade das nossas nações, apesar da diversidade que as caracteriza, começa a deixar o caminho livre rumo a uma nova ordem mundial, na qual está chegando, definitivamente, o tempo das nações do Sul.


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