Durante a plenária do 13º Congresso
do PCdoB, realizada entre os dias 14 a 16 de novembro, no Anhembi, em São Paulo, o membro reeleito do Comitê Central e vice-prefeito de Recife, Luciano Siqueira, abordou a conduta tática do Partido como parte do legado de João Amazonas. Leia a íntegra da intervenção:
Considero oportuno destacar, na Resolução 1 deste 13° Congresso, a abordagem tática da luta por um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, no rumo da acumulação de forças mirando o objetivo estratégico do socialismo.
Aí reside um tesouro que o PCdoB alimenta, sobretudo a partir da 6ª Conferência Nacional, realizada em 1966 – parte do legado de João Amazonas e da geração de dirigentes que reorganizaram o Partido em 1962. A correta avaliação da correlação de forças, a percepção exata do nível da luta de classes no país e o contexto mundial têm lastreado a formulação de plataformas que a um só tempo aglutinam e mobilizam amplas correntes políticas e sociais, proporcionando aos comunistas a defesa de ideário próprio. Por isso o Partido tem conseguido navegar em mar revolto, em diferentes situações políticas, avançando sempre em função do seu objetivo estratégico.
Assim, a Resolução 1 assinala a importância de coalizões políticas amplas e heterogêneas, seja para viabilizar a vitória eleitoral, seja para assegurar a governabilidade. Mas acentua: para que o movimento transformador avance no sentido das reformas estruturais que destravem a continuidade do crescimento econômico com inserção social, democracia e soberania e integração sul-americana, faz-se imprescindível, no interior da coalizão, exercendo o protagonismo, um núcleo mais avançado, de esquerda, que reúna partidos, correntes políticas, centrais sindicais, setores mais combativos do movimento social, personalidades. Isto, na prática, significa muita atividade política "por cima" (na costura das alianças) e "pela base", tendo o povo em movimento como força motriz.
As bandeiras indicadas no parágrafo 22 são aptas a forjar uma vontade política nacional que isole o setor rentista, a direita partidária e midiática e avance nas mudanças em curso.
Em síntese, a tática ampla e flexível - no curso real da luta de classes, mediada pela correlação de forças - ao contrário de concessão, na verdade significa conduta revolucionária consequente, inspirada no Programa Socialista. Desse modo, o Partido amplia sua influência, se fortalece, faz-se mais aguerrido e hábil, gradativamente conquista o reconhecimento dos trabalhadores e do povo. E se afirma – na expressão de João Amazonas – como "a consciência e a honra da Nação"!
* Luciano Siqueira é membro do Comitê Central do PCdoB e vice-prefeito de Recife
Aí reside um tesouro que o PCdoB alimenta, sobretudo a partir da 6ª Conferência Nacional, realizada em 1966 – parte do legado de João Amazonas e da geração de dirigentes que reorganizaram o Partido em 1962. A correta avaliação da correlação de forças, a percepção exata do nível da luta de classes no país e o contexto mundial têm lastreado a formulação de plataformas que a um só tempo aglutinam e mobilizam amplas correntes políticas e sociais, proporcionando aos comunistas a defesa de ideário próprio. Por isso o Partido tem conseguido navegar em mar revolto, em diferentes situações políticas, avançando sempre em função do seu objetivo estratégico.
Assim, a Resolução 1 assinala a importância de coalizões políticas amplas e heterogêneas, seja para viabilizar a vitória eleitoral, seja para assegurar a governabilidade. Mas acentua: para que o movimento transformador avance no sentido das reformas estruturais que destravem a continuidade do crescimento econômico com inserção social, democracia e soberania e integração sul-americana, faz-se imprescindível, no interior da coalizão, exercendo o protagonismo, um núcleo mais avançado, de esquerda, que reúna partidos, correntes políticas, centrais sindicais, setores mais combativos do movimento social, personalidades. Isto, na prática, significa muita atividade política "por cima" (na costura das alianças) e "pela base", tendo o povo em movimento como força motriz.
As bandeiras indicadas no parágrafo 22 são aptas a forjar uma vontade política nacional que isole o setor rentista, a direita partidária e midiática e avance nas mudanças em curso.
Em síntese, a tática ampla e flexível - no curso real da luta de classes, mediada pela correlação de forças - ao contrário de concessão, na verdade significa conduta revolucionária consequente, inspirada no Programa Socialista. Desse modo, o Partido amplia sua influência, se fortalece, faz-se mais aguerrido e hábil, gradativamente conquista o reconhecimento dos trabalhadores e do povo. E se afirma – na expressão de João Amazonas – como "a consciência e a honra da Nação"!
* Luciano Siqueira é membro do Comitê Central do PCdoB e vice-prefeito de Recife
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