quarta-feira, 11 de junho de 2014

Paul Craig Roberts: Você está preparado para a guerra nuclear?

 


Preste bem atenção à coluna de convidados de Steven Starr “A letalidade das armas nucleares”: Washington pensa que a guerra nuclear pode ser ganha e planeja um primeiro ataque nuclear contra a Rússia, e talvez contra a China como forma de prevenção a qualquer desafio a sua dominância mundial.


Esse plano já está num estado bem avançado enquanto a implementação do mesmo também já está em curso. Como eu relatei anteriormente a doutrina estratégica americana foi modificada, e o papel dos mísseis nucleares foi elevado de um papél de retaliação a um papel ofensivo de primeiro ataque. 

Bases de mísseis antibalísticos (MAB) foram estabelecidas na Polônia nas fronteiras com a Rússia, enquanto outras bases foram sendo projetadas. Quando tudo estiver completo, a Rússia estará completamente cercada por bases militares americanas de mísseis antibalísticos, MAB.

Os mísseis antibalísticos, conhecidos também como a “guerra das estrelas”, são armas feitas para interceptar e destruir os mísses balísticos inter-continentais, ou seja os mísseis de longa distância, (ICBM na sigla inglêsa). 

Na doutrina de guerra de Washington, os Estados Unidos atacariam a Rússia com um primeiro ataque, e qualquer que fosse a força retaliatória ainda disponível da Rússia, essas seriam impedidas de alcançar os Estados Unidos pela proteção dos mísseis antibalísticos, MAB.

A razão dada por Washington para mudar a sua doutrina de guerra foi a possibilidade de que terroristas pudessem vir a obter armas nucleares com as quais pudessem vir a destruir uma cidade norteamericana. Uma tal explicação não faz nenhum sentido. 

Quanto a terroristas trata-se de indivíduos, ou um grupo de indivíduos, não de um país com um poder militar ameaçador. Usar armas nucleares contra terroristas iria destruir muito mais que os próprios terroristas, e seria inútil na medida em que um ataque por mísseis convencionais, carregados por um drone, seria o suficiente.

A razão dada por Washington para as bases dos mísseis antibalísticos, MAB, na Polônia seria a proteção da Europa contra MBIC, mísseis balísticos inter-continentais, do Irã. Washington e os governos europeus sabem muito bem que Irã não tem nenhum MBIC, e que esse país nunca apresentou a mínima intenção de atacar a Europa. 

Nenhum governo acredita nas razões invocadas por Washington. Cada um deles compreende que as razões de Washington não são mais que pequenas tentativas de disfarçar o fato de que eles estão a caminho de criar uma capacidade, de fato consumado, que os permita ganhar uma guerra nuclear.

O governo russo compreende que a mudança da doutrina de guerra americana, e a construção de bases de mísseis antibalísticos nas suas fronteiras, são dirigidas mesmo é contra a Rússia, e que essa seria uma clara indicação de que Washington estaria planejando um ataque ofensivo contra a Rússia, e isso com armas nucleares.

A China também já compreendeu que as intenções de Washington contra ela são as mesmas. Como eu relatei a vários mêses atrás, em resposta as ameaças de Washington a China então tinha chamado a atenção do mundo quanto a sua capacidade de destruir os Estados Unidos, no caso de Washington iniciar um tal conflito.

De qualquer modo, Washington acredita que ele poderá ganhar uma guerra nuclear, com pouco ou nenhum dano, para os Estados Unidos. Essa crença faz com que uma guerra nuclear apresente-se como provável.

Como Steven Starr deixou bem claro, essa crença baseia-se na ignorância. Uma guerra nuclear não dá a vitória a ninguèm. Mesmo se as cidades americanas pudessem ser salvas de um ataque retaliatório da Rússia ou da China pelos mísseis antibalísticos, os efeitos da radiação e do inverno nuclear que viria depois de uma tal colisão com a Rússia ou China iria destruir os Estados Unidos também.

A mídia, que foi convenientemente concentrada em poucas mãos durante o corrupto governo de Clinton, é cúmplice por ignorar a questão. Os governos dos países subjugados por Washington, tanto na Europa ocidental como na Europa do Leste, assim como os do Canadá, da Austrália e do Japão também são cúmplices, porque aceitam os planos de Washington e fornecem as suas bases militares para a realização desses planos. 

O governo da Polônia, do qual já não há duvidas quanto a insanidade mental, já terá provavelmente assinado a autorização de morte da humanidade, por procuração. O congresso dos Estados Unidos também é cúmplice, porque nenhuma investigação está sendo feita a respeito dos planos do poder executivo de iniciar uma guerra nuclear.

Washinton criou uma situação muito perigosa. A Rússia e a China estando claramente ameaçadas por um ataque nuclear poderiam muito bem atacar primeiro. Porque deveriam sentar e esperar passivamente o inevitável enquanto seus adversários constroem uma capacidade de proteger a si mesmos através dos mísseis antibalísticos? Uma vez que esse sistema esteja concluido, a Rússia e a China podem estar certas de que serão atacadas, ao menos que se entreguem incondicionalmente de antemão. 

Essa reportagem de 10 minutos a seguir vem da Russia Today, RT: 
US plans 'first strike' on Russia (E40). Ela esclarece que o plano secreto de Washington para um primeiro ataque ofensivo contra a Rússia não é na realidade uma coisa secreta. Essa reportagem também esclarece que Washington está se preparando para poder eliminar qualquer líder político europeu que não se alinhe com Washington. A transcrição foi encaminhada pela Global Research.

Os leitores poderiam me perguntar. “Mas o que poderemos fazer?” Aqui está o que poderia ser feito. Você poderia por um fim ao ministério da propaganda não assistindo Fox News, CNN, BBC, ABC, NBC e CBS. Você poderia se recusar a ler o New York Times, o Washington Post e LA Times. Deixe simplesmente de lado toda a mídia oficial. Não acredite numa palavra dita pelo governo. Não vote.

Compreenda que o problema, o mal, está concentrado em Washington. Nesse século 21 (treze anos e meio), Washington já destruiu em parte, ou completamente, 7 países. Milhões de pessoas foram assassinadas, aleijadas e deslocadas. Washington não mostrou até agora absolutamente nenhum remorso que fosse quanto a isso, e tampouco o fizeram as igrejas “cristãs”. A devastação inflingida por Washington é apresentada como um grande sucesso.

Washington prevaleceu até aqui e está determinado a se manter em dominância enquanto a perversidade, a desgraça, e o mau absoluto que Washington representa dirige o mundo à destruição.

Tradução Anna Malm, correspondente de Pátria Latina na Europa


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