terça-feira, 27 de setembro de 2011

A crise: mais de 200 milhões de desempregados




Protesto de trabalhadores na França


Quando os trabalhadores saem às ruas para exigir que o custo da crise econômica mundial não caia sobre suas costas, sabem exatamente do que estão falando: se os governos não tomarem medidas para proteger o emprego e os salários, são eles que vão pagar aquele custo, com mais desemprego e deterioração na qualidade de vida, decorrentes da previsível diminuição da renda, realidade adversa que sempre acompanha as quedas maciças no nível de emprego.

Estes dados encerram muitas lições para os trabalhadores. Uma delas, prevista há mais de século e meio pelo pensamento marxista, e sentida diariamente pelos trabalhadores em todo o mundo, mostra que o “mercado” (isto é, os donos do dinheiro e seus representantes), deixado sem peias nem controle da sociedade e dos governos, é uma instância devoradora e concentradora das riquezas produzidas pelo trabalho. Instância que, com sua ganância imediatista e insaciável, cava com seus próprios pés (usando a imagem do genial Cartola em “O mundo é um moinho”) o abismo das crises cada vez mais profundas nas quais o capitalismo enfia o mundo, os povos e os trabalhadores.

Ao concentrar riquezas extremas num polo e desemprego e pobreza no outro, o capitalismo prepara o caminho das crises. Outra lição, também antiga, mostra que elas fazem parte do metabolismo normal – e desumano – do capitalismo, um sistema cujo caráter destruidor e devastador fica cada vez mais claro na medida em que as crises se sucedem.

São crises que confirmam, sempre, que o capitalismo não pode oferecer saídas para os problemas da humanidade, mas os agrava e aprofunda, e isso exige a superação desse sistema para que a humanidade possa caminhar para uma forma superior e mais humana de organização da vida.

FONTE: Para ler na íntegra Editorial do Vermelho.
Editado por Dedé Rodrigues.

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