Os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 marcaram uma espécie de reação bipolar da América Latina. A princípio, o continente viveu a ilusão da retomada do alinhamento com os Estados Unidos, mas, depois, resistiu às pressões norte-americanas e consolidou na região uma política de defesa própria. Esta é a opinião de Monica Hirst, da Universidade Torcuato Di Tella, que participou nesta quinta (15) do seminário “11 de setembro – o mundo depois de uma década de guerra contra o terror”.
"A gente sabe hoje o quanto essa guerra foi capaz de construir a mentira como um instrumento de mobilização da ação. O Iraque está aí para mostrar. E o nosso esforço (regional) foi de não deixar que essa mentira se instalasse aqui como uma nova verdade”, avalia Monica."
Para ela, a guerra ao terror gerou um forte sentimento antiamericano no mundo, mas, na região, esse sentimento não está associado a isso, e sim ao trauma deixado pelo neoliberalismo da década de 90.
Editado por Dedé Rodrigues.
Da Redação,
Joana Rozowywkat
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