O presidente legitimamente eleito no Paraguai, Fernando Lugo, deposto por meio de um golpe parlamentar, declarou que os cidadãos paraguaios têm o direito de questionar se os que hoje estão no poder irão respeitar a realização do processo eleitoral e conduzi-lo de maneira limpa em 2013.
Ultima Hora
Representantes de Brasil, Argentina e Uruguai estiveram com o ex-presidente Fernando Lugo
O ex-presidente emitiu um comunicado em que considerou
que “os que patrocinaram e fizeram o golpe de Estado” não são
confiáveis para conduzir a nação, já que não estão comprometidos com as
garantias no exercício pleno da democracia. Considerou que o tiraram da presidência apesar dos indicadores econômicos e sociais, assim como as conquistas obtidas nas negociações com o Brasil, que demonstravam que o governo estava no caminho certo.
“Oligarquias econômicas e políticas não aceitaram que o povo participe da democracia e com um projeto de Paraguai para todas e todos”, disse.
Sustentou que “os que deram um golpe foram os políticos conservadores que queriam 50 milhões de dólares para seus operadores políticos por meio da Justiça Eleitoral”.
Lugo disse ainda que os que perpetraram este golpe são os mesmos que querem permitir as operações da multinacional Rio Tinto Alcan no país, traindo a soberania energética e os interesses do Paraguai.
“Os que estão com o golpe (...) imediatamente anunciaram que não vão aplicar imposto na soja”, alegou.
E denunciou ainda que o atual governo não tem interesse de esclarecer o que realmente aconteceu em Curuguaty, onde ocorreu a matança de 17 pessoas, 11 camponeses e seis policiais e que foi o motivador da crise política que culminou no golpe. Lugo havia proposto uma comissão independente acompanhada por organismos internacionais para esclarecer o ocorrido. O novo governo, no entanto, não manifestou nenhum interesse de levar isso adiante.
Com informações do Ultima Hora
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