Será realizado no dia 2 de abril, um grande ato político em homenagem à resistência e luta pela democracia em 1964. A atividade será realizada no Teatro da Universidade Católica, mais conhecido como Tuca, a partir das 18 horas. Marcarão presença no evento autoridades políticas, militantes de movimentos sociais, além de artistas emblemáticos pela resistência à ditadura militar.
Por Mariana Serafini, do Portal Vermelho
O ato político vai homenagear o povo brasileiro que lutou pela redemocratização do país
O ato político é uma iniciativa de diversas entidades e organizações políticas, entre elas as fundações Maurício Grabóis, Perseu Abramo e Getúlio Vargas; os partidos PCdoB e PT; as centrais sindicais CTB e CUT; as entidades juvenis UNE, UBES e UJS; a UBM, o MST, a Conam e a OAB. Integram também a organização da atividade a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva e a Comissão da Verdade da PUC-SP – Reitora Nadir Gouvêa Kfouri.
De acordo com o diretor da Fundação Maurício Grabois, Leocir da Costa Rosa, a realização desta atividade no Tuca tem um significado simbólico muito grande para a resistência à ditadura. O teatro foi palco de uma das atrocidades cometidas pela ditadura militar. Foi incendiado e mais de 800 estudantes foram presos. Não à toa foi o cenário escolhido para homenagear os militantes que lutaram contra este período sombrio da história brasileira.
O ato contará com a presença de personagens ilustres na luta contra a ditadura militar, entre eles o cantor e compositor Sérgio Ricardo, que fez importantes contribuições artísticas à luta pela democracia. O governo de João Goulart receberá uma homenagem especial, e o neto do ex-presidente, João Alexandre Goulart estará presente. Outros dois homenageados serão Dom Paulo Evaristo Arns e Thiago de Mello.
Os presidentes do PCdoB e do PT, Renato Rabelo e Rui Falcão, respectivamente, também já confirmaram presença. O PDT, por sua vez, ainda não informou o nome que representará o partido. O secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, fará a inauguração do monumento ao “Nunca Mais”, nas dependências da PUC.
A imprensa brasileira também será homenageada através do nome do jornalista Vladmir Herzog, da mesma forma, o parlamento com a figura do deputado Rubens Paiva.
Para Leocir, “a busca pela verdade e pela memória é fundamental para que nunca mais aconteça”. O ato vai pedir ainda a abertura dos arquivos da ditadura militar para a elucidação dos crimes e a punição aos torturadores.
Um trecho do convite do evento afirma que “a luta heroicamente travada pela liberdade deve ser motivo de orgulho e inspiração para as jornadas progressistas da atualidade por mais democracia, mais conquistas sociais e pelo direito da Nação à Memória e à Verdade, para que os crimes e atrocidades perpetradas pela ditadura não se repitam jamais”.
Brasília
Outros dois atos serão realizados em Brasília no dia 1º de abril. O primeiro acontecerá no Anexo II da Câmara dos Deputados às 17h30 com a inauguração do busto do deputado Rubens Paiva. O segundo será no auditório Nereu Ramos, ás 19h. Três personalidades serão homenageadas: o presidente João Goulart, o presidente da UNE que até hoje está desaparecido, Honestino Guimarães, e o deputado Rubens Paiva.
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