domingo, 25 de outubro de 2015

AS DUAS TÁTICAS DA DIREITA NA LUTA PELO RETROCESSO E A NECESSIDADE DE MAIS MUDANÇAS NO BRASIL

REFLEXÃO DA SEMANA Nº 29

Por Luciano Siqueira e Dedé Rodrigues

Bom dia meus amigos e  minhas amigas ouvintes do Programa Tabira em Tempo. O Médico e vice-prefeito do Recife Luciano Siqueira escreveu uma matéria  esta semana que passou dizendo que:
“O jogo da luta entre o governo e a oposição no Brasil  é muito  pesado e tem motivações muito mais profundas do que o que aparece na superfície – que por si já tem o peso de cinquenta transatlânticos, a tentativa de interromper o mandato da presidenta Dilma.

Para ele meus amigos “As mudanças operadas no país nos últimos doze anos, se não superaram a enorme desigualdade entre o povo e os que monopolizam a produção, a renda e a riqueza, apontam para um projeto de desenvolvimento oposto ao que estava estabelecido quando Lula derrotou Serra, em 2002.
Dali em diante, vem se operando uma transição do modelo de desenvolvimento neoliberal e para o seu inverso, ainda em construção.

Essa transição, o PCdoB já advertia em sua 9a. Conferência Nacional, ocorrida em meados de 2003, seria, como vem sendo, marcada pelo permanente conflito entre o velho, que se pretende superar, e o novo que se deseja implantar e consolidar. A correlação de forças daria, como tem dado, o conteúdo e ritmo das transformações em curso, inclusive implicando retrocessos temporários.”
O pleito de 2012 resultou na quarta vitória do povo na disputa pela presidência da República, mas também numa derrota expressiva quanto à composição da Câmara dos Deputados e do Senado. 
Essa contradição recebe o tempero do agravamento da crise global, a que se ajunta a maior seca do Nordeste nos últimos oitenta anos, a crise energética no Centro-Sul, a queda brutal da arrecadação do governo federal, o rebaixamento dos preços das commodities no mercado internacional e tantas outras variáveis negativas.

E Luciano acrescenta:  mais os atrasos estruturais da indústria nacional, carente de inovação que lhe assegure maior produtividade e competitividade internacional e vítima de anêmica logística interna. De quebra, o ambiente social contaminado pelas denúncias de corrupção, sobretudo pelos estragos causados pela polêmica Operação Lava Jato.
Nesse caldo de cultura, proliferam os intentos da direita para abortar a transição ao novo modelo e retroagir plenamente aos fundamentos neoliberais. 

Para tanto, tucanos e aliados, com participação direta do complexo monopolista midiático, utilizam duas táticas em favor do retrocesso: a do golpe imediato, via impeachment; e a de "fazer sangrar" o governo, inviabilizando-o, tendo em mira o ambiente eleitoral da sucessão de Dilma. 


O imediatista e atabalhoado Aécio Neves e seu bando seguem a primeira tática; com a segunda tática jogam o governador Geraldo Alckmin e grupos conservadores mais consequentes.


A presidenta, o governo e o partido hegemônico na coalizão governista enfrentam a luta - reconheçamos - com exasperante precariedade. Acertos convivem com erros com frequência inquietante.
E ele conclui dizendo: “Urge unidade e coesão de forças mais avançadas, dentro e fora do governo, para que se encontre a saída para a crise política - e assim, evitar o retrocesso”.

Meus amigos e amigas. As constatações de Luciano Siqueira mostram o quanto é grave o momento que o país passa com a onda conservadora e golpista. Mostra também o interesse da oposição em conluio com a grande mídia para  fazer a roda da história no Brasil  caminhar para trás, com a clara intenção de reimplantar o  neoliberalismo, que tiraria os direitos dos trabalhadores até aqui conquistados com Lula e Dilma. E o o pior: nessa correlação de forças, entre governo e oposição, de certa forma desfavorável para o governo, principalmente com a eleição do atual congresso conservador.
Ele aborda ainda, para agravar toda a situação,  o atraso tecnológico da indústria nacional,  as crises que o Brasil atravessa: a externa,  do capitalismo neoliberal. As crises internas: a política, com as oposições querendo impedir que Dilma continue governando com as denúncias de corrupção da operação lava jato, ou, como segunda saída,sangrar ela até o fim do mandato para tentar voltar ao poder nas próximas eleições. Ele cita ainda: a crise econômica, a energética, a fiscal,  a questão com as commodities etc.  
Diante de uma quadro complicado como este, Luciano tem razão: é preciso juntar todos os partidos e todo mundo de bem que não aceita que o Brasil ande para trás para barrar de vez este intento golpista da elite conservadora brasileira.
O Brasil precisa voltar a crescer e distribuir renda, com a redução das taxas de juros e a realização das reformas estruturais, a reforma da mídia, a reforma política, a reforma agrária, a reforma tributária etc. Não dá para vacilar ou titubear, o momento é de luta dura ou renhida.Golpismo não! O Brasil precisa de nós e nós precisamos do Brasil.         

 





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