REFLEXÃO DA SEMANA Nº 29
Por Luciano Siqueira e Dedé Rodrigues
Bom dia meus amigos e minhas amigas ouvintes do Programa Tabira em
Tempo. O Médico e vice-prefeito do Recife Luciano Siqueira escreveu uma
matéria esta semana que passou dizendo que:
“O
jogo da luta entre o governo e a oposição no Brasil é muito pesado
e tem motivações muito mais profundas do que o que aparece na superfície – que
por si já tem o peso de cinquenta transatlânticos, a tentativa de interromper o
mandato da presidenta Dilma.
Para ele meus
amigos “As mudanças operadas no país nos últimos doze anos, se não superaram a
enorme desigualdade entre o povo e os que monopolizam a produção, a renda e a
riqueza, apontam para um projeto de desenvolvimento oposto ao que estava
estabelecido quando Lula derrotou Serra, em 2002.
Dali em diante, vem se operando uma transição do modelo de desenvolvimento
neoliberal e para o seu inverso, ainda em construção.
Essa transição, o PCdoB já advertia em sua 9a. Conferência
Nacional, ocorrida em meados de 2003, seria, como vem sendo, marcada pelo
permanente conflito entre o velho, que se pretende superar, e o novo que se
deseja implantar e consolidar. A correlação de
forças daria, como tem dado, o conteúdo e ritmo das transformações em curso,
inclusive implicando retrocessos temporários.”
O pleito de 2012
resultou na quarta vitória do povo na disputa pela presidência da República,
mas também numa derrota expressiva quanto à composição da Câmara dos Deputados
e do Senado.
Essa contradição recebe o tempero do agravamento da crise global, a que se
ajunta a maior seca do Nordeste nos últimos oitenta anos, a crise energética no
Centro-Sul, a queda brutal da arrecadação do governo federal, o rebaixamento
dos preços das commodities no mercado internacional e tantas outras variáveis
negativas.
E Luciano
acrescenta: mais os atrasos estruturais da indústria nacional, carente de
inovação que lhe assegure maior produtividade e competitividade internacional e
vítima de anêmica logística interna. De quebra, o ambiente social contaminado
pelas denúncias de corrupção, sobretudo pelos estragos causados pela polêmica
Operação Lava Jato.
Nesse caldo de
cultura, proliferam os intentos da direita para abortar a transição ao novo
modelo e retroagir plenamente aos fundamentos neoliberais.
Para tanto, tucanos e aliados, com participação direta do complexo monopolista
midiático, utilizam duas táticas em favor do retrocesso: a do golpe imediato,
via impeachment; e a de "fazer sangrar" o governo, inviabilizando-o,
tendo em mira o ambiente eleitoral da sucessão de Dilma.
O imediatista e atabalhoado Aécio Neves e seu bando seguem a primeira tática;
com a segunda tática jogam o governador Geraldo Alckmin e grupos conservadores
mais consequentes.
A presidenta, o governo e o partido hegemônico na coalizão governista enfrentam
a luta - reconheçamos - com exasperante precariedade. Acertos convivem com
erros com frequência inquietante.
E ele conclui dizendo: “Urge unidade e coesão de forças mais avançadas, dentro
e fora do governo, para que se encontre a saída para a crise política - e
assim, evitar o retrocesso”.
Meus amigos e
amigas. As constatações de Luciano Siqueira mostram o quanto é grave o momento
que o país passa com a onda conservadora e golpista. Mostra também o interesse
da oposição em conluio com a grande mídia para fazer a roda da história
no Brasil caminhar para trás, com a clara intenção de reimplantar o
neoliberalismo, que tiraria os direitos dos trabalhadores até aqui
conquistados com Lula e Dilma. E o o pior: nessa correlação de forças, entre
governo e oposição, de certa forma desfavorável para o governo, principalmente
com a eleição do atual congresso conservador.
Ele aborda ainda,
para agravar toda a situação, o atraso tecnológico da indústria nacional,
as crises que o Brasil atravessa: a externa, do capitalismo
neoliberal. As crises internas: a política, com as oposições querendo impedir
que Dilma continue governando com as denúncias de corrupção da operação lava
jato, ou, como segunda saída,sangrar ela até o fim do mandato para tentar
voltar ao poder nas próximas eleições. Ele cita ainda: a crise econômica, a
energética, a fiscal, a questão com as commodities etc.
Diante de uma
quadro complicado como este, Luciano tem razão: é preciso juntar todos os
partidos e todo mundo de bem que não aceita que o Brasil ande para trás para
barrar de vez este intento golpista da elite conservadora brasileira.
O Brasil precisa
voltar a crescer e distribuir renda, com a redução das taxas de juros e a
realização das reformas estruturais, a reforma da mídia, a reforma política, a
reforma agrária, a reforma tributária etc. Não dá para vacilar ou titubear, o
momento é de luta dura ou renhida.Golpismo não! O Brasil precisa de nós e nós
precisamos do Brasil.
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