Por Dedé Rodrigues
REFLEXÃO DA SEMANA Nº 26
Bom dia meus amigos e minhas amigas
ouvintes do Programa Tabira em Tempo. Esta semana um humilde cidadão tabirense
conhecido como Chico Carroceiro me viu na feira de frutas e me chamou para
perguntar: Dedé em quem nós vamos votar nas próximas eleições? Será que nós tabirenses e brasileiros não aprendemos ainda a votar? Sem
esperar a minha resposta ele foi logo respondendo: “Eu só sei de uma coisa: depois que o PT tomou conta do país, se
roubaram, pelo menos dividiram com os
pobres! Antigamente ninguém recebia bolsa família! A tua mãe conheceu a
minha que vivia com uma trouxa de pano na cabeça lavando roupa
de ganho! Eu cheguei a conclusão que a sede deles nestes 13 anos fora do
poder é tão grande, que se tirarem o PT do poder vão roubar muito mais, vão cortar os
nossos direitos e quem vai pagar muito caro somos nós, os pobres!”
Meus amigos e minhas
amigas! Este cidadão tabirense com a sua
simplicidade foi direto a essência da disputa entre a
esquerda e a direita no Brasil atual. Acredito que ele, não sei por quais os
meios, já descobriu o que muitas pessoas e
lideranças da esquerda, inclusive do PT não sabem ou subestimam. Chico está certo,
meus amigos! O que está em jogo nessa disputa entre as forças progressistas que
defendem o direito de Dilma continuar governando o Pais e as forças
conservadoras do lado de Aécio Neves que defendem o impedimento da presidenta é
se o Brasil vai continuar avançando com distribuição de renda, ou se vai
retroceder aos tempos neoliberais de corrupção engavetada, miséria, dependência
externa e fome da Era de Fernando
Henrique Cardoso.
Para reforçar o que eu e Chico
estamos afirmando a presidenta nacional do PC do B, deputada Federal por Pernambuco Luciana
santos, em um encontro que houve no Centro de Estudos de Mídia
Barão de Itararé e o Fórum 21 realizado na última segunda-feira (28), em São Paulo para debater sobre a crise política
e econômica brasileira e o papel da mídia no avanço do conservadorismo ela convidou as forças
de esquerda do país para defender o mandato da Presidenta Dilma Rousseff
dizendo:
“A atual crise
política brasileira “não é exclusiva do PT e pode comprometer um projeto de
esquerda para o Brasil”. Para a dirigente comunista, a luta poderá ser perdida
pelo campo progressista se as forças populares não se unirem em torno da defesa
do mandato de Dilma Rousseff.
“Temos de ter a dimensão da batalha que estamos vivendo. Eles perderam a
eleição mas querem impor a agenda deles”, enfatizou Luciana, salientando que a atual
luta política é “adversa” para a esquerda.
“Temos de fazer a luta de conteúdo, defender imposto sobre grandes fortunas, a
repatriação de remessas feitas ao exterior e outras bandeiras progressistas.
Mas, para isso, precisamos fazer a defesa do governo Dilma. Do contrário, não
haverá alternativa à esquerda”, defendeu.
Para Luciana “o momento não é de “críticas e diferenças” entre lideranças da
esquerda, pois o que está em jogo é a democracia do país. Ela citou o
posicionamento de lideranças como Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT). “São
atores importantes. Ciro foi solidário a Lula no primeiro mandato, no auge das
denúncias de corrupção em 2005. É contra o golpe e contra o impeachment. Marina
tem tido uma posição firme contra o impeachment”, detalhou.
A dirigente comunista também apontou que um dos fatores que contribuíram para a
atual crise política foi o PT não ter feito as reformas estruturantes desde o
primeiro mandato de Lula, em 2003, como as reformas política, tributária e dos
meios de comunicação.
A deputada chamou a atenção também para as dificuldades que serão impostas à
esquerda se as forças conservadoras lograrem êxito na tentativa de golpe.
“Foram 21 anos de período ditatorial (de 1964 a 1985) e, com toda a nossa luta,
qual foi o desfecho e onde a ditadura foi derrotada? No Colégio Eleitoral. Isso
é para mostrar como a luta é complexa.”
Para o ex-governador
do Rio Grande do Sul, que participou também deste encontro, Tarso Genro (PT), “
o Brasil vive um fenômeno grave e global, que ele chama de “uma captura da
política pela economia financeira”.
Para Tarso, o capital financeiro “captura” também o Estado, o que seria
demonstrado pelas decisões do Judiciário. O petista afirmou que o sistema
financeiro é representado pelos bancos centrais. “No caso da Europa, o Banco
Central europeu, leia-se BC alemão. No caso do Brasil, o Banco Central”,
argumentou.
A
boa notícia é que a presidenta Dilma, apesar da crise geral, reage bem a todo
este golpismo
Para o ex:presidente do PC do B Renato
Rabelo a “reforma ministerial foi uma importante vitória do governo liderado
pela presidenta Dilma. Depois de tratativas conduzidas diretamente por ela, com
o auxílio de Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Michel Temer, foram
anunciadas uma reforma da administração e uma recomposição do ministério,
dentre outras medidas importantes.
A
maior demonstração de que a reforma foi boa para o país e para o projeto
encabeçado pela presidenta foi a indignação da oposição midiática, que acusou-a
de fazer uma reforma de mentira, dar muito poder ao PMDB, de tomar medidas
inócuas, entre outros impropérios. A irritação dos comentaristas ao anunciar a
melhora em índices econômicos mais sensíveis – Bovespa e preço do dólar –,
verificada imediatamente após o pronunciamento de Dilma, denunciava que o
golpismo sofreu um importante revés.
E Renato ainda
disse: O que torna a reforma um fato tão importante não são as
mudanças na estrutura dos ministérios e a resultante diminuição de gastos, por
mais que esta seja importante. Conforme temos afirmado, o caminho do
desenvolvimento será retomado com mudanças nos fatores macroeconômicos, com
destaque para a necessidade de uma urgente baixa nas taxas de juros.
A
verdadeira vitória que adveio da ação da presidenta, na verdade, foi a recomposição
da base aliada e a possibilidade de construir uma nova maioria no Congresso
Nacional.
A
reforma ministerial anunciada por Dilma precisa ser encarada como o primeiro
passo para uma agenda de retomada do desenvolvimento. Trata-se de, a partir desta
nova maioria e de uma renovada condução política, encontrar os caminhos para
que o país volte a crescer, gerar renda e emprego.
Meus
amigos e amigas, as palavras técnicas de políticos de bem como Tarso
Genro, Luciana Santos e Renato Rabelo, nem sempre são de fácil
compreensão para as pessoas mais humildes que nos ouvem, mas o relato de
Chico Carroceiro no início dessa reflexão, dá conta de que o cidadão por mais
simples que seja, sabe onde o sapato aperta em tempo de crise e em tempo
de governos tucanos, como a Era FHC. Chico Carroceiro sabe o que era
a emergência, ele viu e sofreu os efeitos das secas passadas. Ele viu a fome
que tabirenses e nordestinos passaram. Ele viu e sentiu a inflação daquela
época, muito maior do que a atual. Chico também viu milhares de pedintes nas
portas das casas, nos bares e restaurantes de Tabira. Ele viu saques nas
feiras, pessoas saindo daqui para trabalhar em
qualquer serviço que encontrasse em São Paulo, quando
encontrava! Chico descobriu, como eu gostaria que todos os pobres
descobrissem, que a grande mídia e a direita que quer tirar Dilma com
este golpe, farão muito pior do que ela se chegarem a governar novamente o
Brasil. Você tem razão Chico! com certeza, se eles voltarem ao
centro do poder, colocarão os roubos debaixo do tapete, como fizeram no
passado, e vão começar a tirar as conquistas ou os direitos que os
pobres conseguiram nestes últimos 13 anos de Lula e
Dima. A esperança Chico, é que mesmo com todas estas dificuldades, o
governo reage melhor recompondo a sua base de apoio e o povo dar
sinais de que não aceita o golpe. Que viva a democracia! Viva a
nossa presidenta Dilma! Viva os direitos dos trabalhadores! Viva o
Brasil!
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