O equipamento mais sofisticado para a prática da tortura que a bestialidade humana já inventou foi o campo de concentração. O modelo com sua metodologia e técnica cientificamente pensadas, funcionou como indústria da morte, praticada com o máximo de sofrimento, dor e desespero.
Por Valton de Miranda Leitão, Sul21
Justiça?
Tal dispositivo modelar continuou inspirando até os nossos dias, instalações similares espalhadas pelo mundo, turbinadas por governos ditatoriais ou Estados de Exceção, travestidos de democracia.
É sabido que até hoje, a base norte-americana de Guantánamo é um destes espaços onde o sistema constitucional da nação que se proclama a maior defensora da liberdade e dos direitos do homem, pratica essa atividade abjeta.
O Estado de Exceção está embutido na própria Constituição, pois sua interpretação por juristas incapazes de apreender a relação dialética entre legalidade e legitimidade, forma e conteúdo, majoritariamente conservadores, impregnados de culturalismo racial, torna o sistema jurídico-político brasileiro, a espinha dorsal do abuso de poder.
O pensamento jurídico de Weimar deu o necessário suporte ao nazismo que convalidou a tortura. O judiciário brasileiro, na atual conjuntura política, resultante de um golpe de Estado praticado por forças combinadas do congresso, da mídia, do judiciário e da oligarquia empresarial, abre como em 1964, o perigoso caminho que leva ao fascismo.
A partida foi dada nesse sentido, por Jair Bolsonaro, quando fez a apologia globalmente transmitida do modelo de torturador, Carlos Alberto Brilhante Ustra. A tortura como já mostrei em trabalho científico apresentado no 25º Congresso Brasileiro de Psicanálise, em São Paulo, não visa prioritariamente obter informação, mas o silêncio do torturado e, como função vicariante, silenciar aqueles que pensam da mesma forma.
O torturador como nos julgamentos políticos de Moscou, sob Stalin e nos campos de concentração de Auschwitz sob Hitler, usa uma combinação de técnicas de desmoralização e extrema dor física para alcançar o objetivo principal: o desmonte da mente que alguns chamam alma ou espírito.
O técnico torturador precisa ter alto nível de agressividade sádica, visando quebrar a resistência do individuo, nu e indefeso, que ao final submete-se passivamente e cai sob o peso do próprio masoquismo. O método e a técnica deste processo foram brilhantemente mostrados pelo psiquiatra e psicanalista francês Jean Claude Rolland, que acompanhou no exílio o já delirante e destroçado mentalmente, Frei Tito de Alencar.
O Brasil encontra-se na obscura via do que Schmitt chamou ditadura comissária, por delegação judiciária e cujo combustível é o mercado especulativo nacional e aliança com investidores norte-americanos. Os direitos trabalhistas e a cultura devem ser afastados para não obstaculizar o processo baseado na falsificação, na mentira e na sujeira!
A urdidura golpista foi transparentemente mostrada em toda sua extensão, nas gravações feitas por Sérgio Machado, caracterizando o governo interino, Temer, como pura usurpação!
É sabido que até hoje, a base norte-americana de Guantánamo é um destes espaços onde o sistema constitucional da nação que se proclama a maior defensora da liberdade e dos direitos do homem, pratica essa atividade abjeta.
O Estado de Exceção está embutido na própria Constituição, pois sua interpretação por juristas incapazes de apreender a relação dialética entre legalidade e legitimidade, forma e conteúdo, majoritariamente conservadores, impregnados de culturalismo racial, torna o sistema jurídico-político brasileiro, a espinha dorsal do abuso de poder.
O pensamento jurídico de Weimar deu o necessário suporte ao nazismo que convalidou a tortura. O judiciário brasileiro, na atual conjuntura política, resultante de um golpe de Estado praticado por forças combinadas do congresso, da mídia, do judiciário e da oligarquia empresarial, abre como em 1964, o perigoso caminho que leva ao fascismo.
A partida foi dada nesse sentido, por Jair Bolsonaro, quando fez a apologia globalmente transmitida do modelo de torturador, Carlos Alberto Brilhante Ustra. A tortura como já mostrei em trabalho científico apresentado no 25º Congresso Brasileiro de Psicanálise, em São Paulo, não visa prioritariamente obter informação, mas o silêncio do torturado e, como função vicariante, silenciar aqueles que pensam da mesma forma.
O torturador como nos julgamentos políticos de Moscou, sob Stalin e nos campos de concentração de Auschwitz sob Hitler, usa uma combinação de técnicas de desmoralização e extrema dor física para alcançar o objetivo principal: o desmonte da mente que alguns chamam alma ou espírito.
O técnico torturador precisa ter alto nível de agressividade sádica, visando quebrar a resistência do individuo, nu e indefeso, que ao final submete-se passivamente e cai sob o peso do próprio masoquismo. O método e a técnica deste processo foram brilhantemente mostrados pelo psiquiatra e psicanalista francês Jean Claude Rolland, que acompanhou no exílio o já delirante e destroçado mentalmente, Frei Tito de Alencar.
O Brasil encontra-se na obscura via do que Schmitt chamou ditadura comissária, por delegação judiciária e cujo combustível é o mercado especulativo nacional e aliança com investidores norte-americanos. Os direitos trabalhistas e a cultura devem ser afastados para não obstaculizar o processo baseado na falsificação, na mentira e na sujeira!
A urdidura golpista foi transparentemente mostrada em toda sua extensão, nas gravações feitas por Sérgio Machado, caracterizando o governo interino, Temer, como pura usurpação!
*Valton de Miranda Leitão é médico e psicanalista.
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